1. Quem decide por mim?
Um colunista conta uma estória em que acompanhava um amigo à uma banca de jornais.
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo do colunista sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro.
Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:
– Ele sempre te trata com tanta grosseria?
– Sim, infelizmente foi sempre assim…
– E você é sempre tão polido e amigável com ele?
– Sim, procuro ser.
– Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?
– Por que não quero que ele decida como eu devo agir.
Nós é que decidimos como devemos agir e reagir – não os outros!
Autor desconhecido
2. Agenda do Prazer
É idosa, mas o seu rosto é tão calmo! As dificuldades não a pouparam, mas parece ser superior a todas as preocupações e a todos os aborrecimentos que são o quinhão das mulheres.”
Assim falava uma pessoa que se impacientava facilmente. Perguntou à velha senhora o segredo da sua felicidade.
Com um sorriso luminoso, esta última respondeu-lhe:
– Cara amiga, tenho a minha Agenda do Prazer.
– O quê?
– A minha agenda do prazer. Há já muito tempo que aprendi isto: nenhum dia é assim tão triste que não tenha algum raio de luz, e comecei a escrever todas as pequenas coisas boas que me aconteciam.
Desde que saí da escola, mantive fielmente todos os anos a minha agenda em dia.
Contém muitos detalhes insignificantes: um vestido novo, uma conversa com uma amiga, uma atenção do meu marido, uma flor, um livro, um passeio de carro, um por do sol, a lua cheia, um bom almoço, tudo isto está na minha agenda e quando me sinto um pouco triste ou com o moral em baixa, releio algumas páginas para me rememorar que mulher feliz eu sou.
Mostro-lha, se isso lhe interessa.
A mulher descontente e entediada pegou na agenda que lhe estendia a amiga, e virou lentamente as páginas.
Num dia, líamos isto: “Recebi uma carta amorosa de minha mãe, vi um lindo lírio, brinquei com uma criança na rua, tomei chuva. Encontrei a jóia que pensava ter perdido. Encontrei uma jovem alegre e bonita. O meu marido trouxe-me rosas hoje à noite.Ouvi uma música que me encheu de alegria ”
Fragmentos de leituras feitas durante o dia também figuravam na agenda, de tal maneira que esta última era uma mina de verdade e de beleza.
– Descobriu um prazer todos os dias para anotar? perguntou a amiga ansiosa.
– Sim, todos os dias; queria que a minha teoria se tornasse uma realidade, foi-lhe respondido com uma voz grave.
A outra continuou a virar as páginas e chegou a uma que continha estas palavras:
“Morreu segurando a minha mão na dele e o meu nome nos seus lábios.”
……………………………………..
Até a morte contém a sua parte de positivo.
Até os nossos desassossegos são mensageiros e professores, mas para isso é necessário saber descodificar as suas mensagens.
Será que você também tem uma Agenda do Prazer?
Mesmo que não tenha fisicamente uma, todas as noites, antes de adormecer, pense em todos aqueles prazeres da vida e faça um álbum mental de felicidade.
Autor desconhecido
3. Moça, a senhora é rica?
Era inverno e elas entraram às pressas pela porta dos fundos – duas crianças em casacos surrados e pequenos para o seu tamanho.
“A senhora tem aí uns jornais velhos?”
Eu estava ocupada. Queria dizer não, mas olhei para os seus pés e vi que usavam sandálias abertas, cheias de gelo.
“Entrem, que eu faço uma xícara de chocolate para vocês.”
Suas sandálias encharcadas deixaram marcas na pedra da lareira, mas eu não consegui reclamar.
Servi o chocolate quente acompanhado de torradas com geléia e voltei para a cozinha, onde retornei meu trabalho.
Estranhando o silêncio na sala da frente, fui até lá ver o que estava acontecendo.
A menina segurava a xícara vazia e a olhava atentamente. O menino me perguntou numa voz sem emoção:
“Moça, a senhora é rica?”
“Rica? Eu? Misericórdia!” Olhei para meus estofados gastos.
A menina pôs a xícara sobre o pires, cuidadosamente.
“Suas xícaras combinam com os pires.”
Sua voz era a de uma pessoa mais velha, com uma fome que não vinha do estômago.
Eles saíram, segurando os maços de jornal, lutando contra o vento. Nem agradeceram, mas não era necessário. Tinham feito muito mais do que isso. Xícaras e pires tão simples, de louça azul. Mas combinavam. Virei o assado e coloquei as batatas no molho. Batatas com molho ferrugem, um teto sobre a cabeça, meu marido com um emprego estável – essas coisas também combinavam.
Tirei as cadeiras de perto da lareira e limpei a sala. As pegadas cheias de lama ainda estavam por ali e eu as deixei ficar. Quero que permaneçam no mesmo lugar, caso eu me esqueça novamente de como sou rica.
Marion Doolan
Histórias para Aquecer o Coração II
4. O lado bom na desgraça
O laboratório de Thomas Edison foi totalmente destruído pelo fogo em dezembro de 1914. Apesar dos prejuízos ultrapassarem dois milhões de dólares, o prédio estava segurado em apenas 238 mil dólares, porque era de concreto, que se imaginava à prova de fogo. Muito do trabalho de Edison se foi com as chamas impressionantes daquela noite de dezembro.
No auge do fogo, o filho de Edison, Charles, um rapaz de vinte e quatro anos, procurava freneticamente pelo pai em meio à fumaça e aos destroços. Finalmente o achou, calmamente observando a cena, com ar de reflexão, seu cabelo branco ao vento.
“Meu coração doeu por ele”, contou Charles. Era um homem de sessenta e sete anos que via tudo o que possuía se consumir nas chamas.
Quando me avistou, meu pai gritou:
“Charles, onde está sua mãe? Chame-a depressa e traga-a aqui, porque ela nunca mais terá a oportunidade de ver algo assim.”
Na manhã seguinte, Edison, olhando para as ruínas, refletiu:
“Há um lado bom na desgraça. Todos os nossos erros são queimados. Graças a Deus, podemos recomeçar do zero.”
Três semanas depois do incêndio, Edison inventou o fonógrafo.
Jack Canfield e Mark Victor Hansen
Histórias para Aquecer o Coração 2
5. Não encare o não como uma coisa pessoal
Meu primeiro livro, State of the Art Selling, foi recusado por 26 editores até que um finalmente o comprou.
Falando de rejeição…
Hoje eu sei por que muitos escritores talentosos não conseguem publicar seu trabalho. Quando estão expostos constantemente a esse tipo de rejeição, sua confiança e perseverança se esvaem. Certamente fiquei perturbado depois da primeira rejeição, mas não me deixei abater. No entanto, cinco ou seis rejeições depois, comecei a ficar realmente preocupado.
Liguei então para meu agente e perguntei qual era o problema. Ele disse que simplesmente havia muitos livros à venda no mercado, por isso os editores estavam hesitando em pegar outro. Mas eu sabia que tinha uma abordagem nova e idéias importantes para acrescentar a uma área reconhecidamente apinhada. Por isso, depois da rejeição seguinte, liguei para o editor e perguntei o que poderia fazer para aumentar minhas chances. O que faltava no meu livro? De que ele precisava para se destacar e ser aceito?
A rejeição seguinte foi seguida de um telefonema semelhante, e fiz a mesma coisa com as demais. As mudanças sugeridas foram incorporadas. A essa altura, eu estava aguardando ansiosamente cada rejeição. Sem saber, esses editores estavam ajudando a escrever meu livro!
A valiosa lição que aprendi foi não considerar rejeição como sinônimo de fracasso. Quando o vigésimo sétimo editor comprou meu livro, ele não estava levando um original que havia fracassado 26 vezes. Estava levando um original que havia se beneficiado do conselho de 26 talentosos e reconhecidos profissionais. A rejeição é apenas a opinião de uma pessoa. Não podemos levá-la para o lado pessoal, ou ela destruirá sua confiança e o impedirá de andar para frente.
Barry J. Farber
Escritor, Diamond in the Rough
Gostou da seleção? Deixe um comentário abaixo! Sua opinião é muito importante para nós e possibilita a edição de assuntos voltados cada vez mais para os seus interesses.