Segundo o jornal El País o príncipe está usando uma técnica de educação muito popular chamada escuta ativa. Este método promete aumentar a auto estima da criança e estreitar os laços com os pais.
Mas como algo tão simples como agachar pode trazer tantos benefícios? Psicólogos explicam que os pais são as figuras de maior autoridade na vida da criança. Então, quando esses pais tão sagrados descem das alturas para falar com os filhos eles estão se colocando no mesmo nível de igualdade dos pequenos.
- A criança sente que está falando em pé de igualdade com o adulto, aumentando a sua auto confiança
- O adulto demonstra interesse no que a criança está dizendo, fazendo a criança se sentir valorizada e contribuindo para auto estima
- Os pais se tornam mais acessíveis a criança, se aproximando dela
Para a psicóloga e psicoterapeuta Isabel Fuster, a comunicação com as crianças influencia muito na personalidade delas e em seus entendimentos:
“Ao tratar com crianças nos deparamos com a dificuldade de que o pequeno não entende o mundo dos mais velhos, cujo principal meio de comunicação é o discurso falado. Até aproximadamente os 12 anos, ele se encontra em um mundo sensorial e perceptivo diferente do nosso.”Olhar nos olhos também é importante
Olhar nos olhos de quem está falando é um forte indicativo de que estamos realmente escutando e prestando a atenção no que está sendo dito. As crianças também sentem estes sinais.
Por isso é preciso se colocar à altura de seus olhos porque a criança se sentirá mais próxima dos pais, além de isso ajudá-la a empatizar com eles e a lhe transmitir calma e serenidade. O que os especialistas destacam é o aspecto emocional desta comunicação: escutar é saber o que a criança sente, não só o que diz.
Além de tomar uma posição corporal mais acessível, a escuta ativa aconselha os pais a buscarem entender melhor a criança e suas motivações:
“Por trás de seu mau comportamento se esconde uma emoção, e uma criança necessita que os pais possam identificar o que é. Se uma criança está quebrando coisas, batendo ou insultando, algo está se passando com ela: está buscando uma solução através de sua ação. Se a ameaçamos ou castigamos antes de compreendê-la, talvez faça o que queremos, mas de um jeito manipulado com o qual aprenderá a ter medo em vez de descobrir o que se passa consigo e como solucionar isso. Uma criança de 4 ou 5 anos não entende ainda as leis da responsabilidade nem tem um pensamento reflexivo, por isso voltará a repetir seus comportamentos”, pondera a psicóloga Isabel Fuster.
Fonte: El País
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