A cena chamou a atenção de Rennan porque acontece diariamente, na hora em que ele espera a esposa chegar de ônibus. Ele conta que a idosa tem dificuldades de locomoção e mora no lado oposto à parada do ônibus. Quando não encontra seu amigo motorista, ela aguarda alguém vir a ajudar na travessia.
“É uma coisa maravilhosa, o bem é contagiante, né? A gente sabe a dificuldade que os idosos, as gestantes têm no transporte. E quem tem mãe, assim como eu, que é uma senhora, gostaria que os motoristas tratassem os nossos idosos com mais respeito, igual esse cidadão faz com essa senhora” declarou Rennan, que também já foi motorista de ônibus e sabe dos desafios da profissão – por isso ficou emocionado com a atitude do colega.
O motorista autor da boa ação se chama Lúcio Fábio Feijó (47 anos) e trabalha no transporte público há oito anos. A vovó, a quem ele chama carinhosamente de tia, espera todos os dias pelo carro dirigido por Lúcio.
Quando a tia pergunta ao motorista como pode agradecer à ajuda, ele responde “só precisa rezar por mim quando estiver na missa.”
O motorista também explica a sua motivação: “Eu faço isso porque minha mãe dizia assim: ‘eu pego um ônibus, o motorista sai de uma vez e não tem respeito com o idoso, com nada’. Sempre que eu vejo uma pessoa idosa, eu lembro da finada minha mãe”, disse Lúcio.
