1. AÇÃO ALTRUISTA
Vimos que quando ajudamos o mundo, ajudamos a nós mesmos.
O que fazemos em benefício dos outros tem como principal conseqüência a nossa purificação.
Ao esforçar-nos constantemente para fazer o bem, tentamos esquecer-nos de nós mesmos.
Esquecer o self é a grande lição que precisamos aprender na vida.
O homem pensa, de maneira equivocada, que sua felicidade depende dele próprio.
Depois de anos de esforço, descobre que a verdadeira felicidade consiste em matar o egoísmo e que ninguém, salvo ele mesmo, pode fazê-lo feliz.
Cada ato de caridade, cada pensamento de compaixão, cada ajuda que prestamos, cada boa ação reduz bastante a arrogância do nosso pequeno self, pois faz com que nos consideremos criaturas mais modestas e insignificantes, o que é muito bom.
Swami Vivekananda
2. ENSINAMENTO SAGRADO DA VEDANTA
O mundo não é bom nem mau; cada homem constrói seu próprio mundo.
Um cego pensa num mundo duro ou macio, frio ou quente.
Somos uma mistura de felicidade e sofrimento, como já tivemos ocasião de comprovar centenas de vezes em nossa vida.
Em geral os jovens são otimistas e os velhos, pessimistas.
Os jovens têm a vida diante de si, os velhos queixam-se de que seu tempo já passou; centenas de desejos insatisfeitos debatem-se em seus corações.
Contudo ambos são tolos.
A vida é boa ou má de acordo com o estado de espírito com que a contemplamos.
Em si mesma, não é nada.
O fogo, em si mesmo, não é bom nem mau.
Quando somos aquecidos por ele, dizemos: “Como é lindo o fogo!”
Ao queimar-nos os dedos, nós o condenamos.
De acordo com o uso que fazemos dele, ele nos causa uma sensação boa ou má.
O mesmo se dá com o mundo.
Swami Vivekananda
3. ENSINAMENTOS DE SIVANANDA
“Para o yogue, o universo inteiro é o seu corpo. A matéria que compõe o seu corpo é a mesma que desenvolve o universo. A força que pulsa em seus nervos não é diferente da força que vibra através do universo”.
“Svasa significa respiração inspiratória, e Pravasa, respiração expiatória. A respiração é a manifestação exterior do Prana, a força vital. A respiração, como a eletricidade, é o Prana denso, é Sthula, denso. O Prana é Sukshma, sutil. Exercendo controle sobre essa respiração, é possível controlar o Prana sutil interior. Controlar o Prana significa controlar a mente. A mente não pode operar sem o auxílio do Prana. As vibrações do Prana só produzem pensamentos na mente. É o Prana que move a mente. O Prama Sukshma, ou o Prana psíquico, é o que está intimamente relacionado com a mente. Essa respiração representa a roldana principal de uma máquina. Assim como as outras rodas param quando quem dirige faz parar a roldana, também os outros órgãos cessam de funcionar quando o yogue detém a respiração. Se pudermos controlar a roldana, poderemos, facilmente, controlar as outras rodas. Da mesma forma, se pudermos controlar a respiração exterior, poderemos facilmente controlar a força vital interior, o Prana. O processo pelo qual o Prana é controlado pela regularidade da respiração exterior é chamado Pranayama.
Assim como o ourives retira as impurezas do ouro aquecendo-o em fornalha, ao soprar forte do maçarico, o estudante de Yoga retira as impurezas do corpo e os Indriyas soprando com seus pulmões, isto é, com a prática do Pranayama. O objetivo principal do Pranayama é unir o Prana ao Apana e levar lentamente o Pranayama unido na direção da cabeça. O efeito, ou fruto, do Pranayama é Udghata, ou seja, o despertar da Kundalini adormecida”.
“O que é comumente conhecido como o poder da personalidade nada mais é do que a capacidade natural de uma pessoa para dirigir o seu Prana.
Algumas pessoas têm maior êxito na vida, são mais influentes e mais fascinantes do que outras. Tudo isso se deve ao poder do Prana. Tais pessoas manipulam todos os dias, inconscientemente, já se vê, a mesma influência que um yogue usa conscientemente pelo comando de sua vontade.
Há outras que, por acaso, atingem inopinadamente esse Prana e o usam para baixos propósitos, sob nomes falsos.
(…)
Prana é o vínculo entre o corpo físico e o corpo astral. Quando o delgado cordão do Prana é cortado, o corpo astral separa-se do corpo físico e tem lugar a morte. O prana que estava trabalhando no corpo físico recolhe-se ao corpo astral”.
“Os chakras são centros de energia espiritual. Estão localizados no corpo astral, mas têm centros correspondentes também no corpo físico, e dificilmente são vistos a olho nu. Só um clarividente pode vê-los com seus olhos astrais.
Swami Sivananda
4. A Verdadeira Felicidade
“Todos nós somos mendigos!
Estamos pedindo por felicidade.
Mas … Que tipo de felicidade buscamos?
Nós temos experimentado a felicidade do mundo por incontáveis vidas. Mas a felicidade do mundo tem dois defeitos: primeiro, é limitada, e segundo, é temporária.
Limitada significa que quando você vê ou sabe mais sobre uma felicidade além do que você está enfrentando atualmente, seu estado atual felicidade extremece.
Um homem pobre se satisfaz comendo um pedaço de pão seco até ver um outro homem comer uma sobremesa deliciosa e rica.
Um homem pobre pode viajar de bicicleta. Um homem rico passa dirigindo um automóvel caro. Ele pensa: “Essa bicicleta é inútil! Olha esse carro …
A pessoa graduada numa universidade se pergunta como e quando vai encontrar um trabalho. Finalmente ele encontra emprego. Alguém lhe pergunta: “Você tem um emprego?” Ele responde: “Sim”. E, então, essa pessoa pergunta: “Qual é o seu salário?” Ele orgulhosamente diz: “10 mil rúpias por mês. Qual é a sua? “O outro homem diz:” 50 mil por mês. ” … e a felicidade da pessoa que ganha menos desaparece.
Como um axioma, quando vemos uma maior felicidade do que a nossa, a nossa felicidade presente termina.
Mesmo se tivéssemos de experimentar a maior felicidade do mundo, a sua natureza é lentamente diminuir de intensidade até que chega ao fim.
Assim, não importa o quão grande é, é apenas temporária e limitada.
Isto é o que acontece sempre que você vê qualquer coisa agradável no mundo.
Uma pessoa visita a Índia e vê o Taj Mahal, “Oh, é realmente lindo!” … Mas, se alguém te chama algum tempo depois: “Vamos lá, vamos ver o Taj Mahal.” Sua resposta: “Para quê? Eu já vi uma vez. “
De longe, um menino vê uma garota fora de casa e fica louco por ela. Por acaso eles acabaram se casando. Quando eles começam a viver juntos, ele começa a ver todos e cada um de seus defeitos físicos e falhas de personalidade. Agora, ele pensa, “Ah, não, minha vida acabou!”
A felicidade relacionadas com tudo no mundo se reduz continuamente mas, por outro lado, há um outro tipo de felicidade: A felicidade de quem alcança o que podemos chamar de Deus.
A felicidade de Deus sempre aumenta, constantemente … não importa quantas vezes você experimente. Essa é a verdadeira felicidade, é o que temos eternamente desejado, mas, como estamos procurando no mundo – pedindo a nossa mãe, pai, cônjuge e filhos para dar a nós – como estamos implorando, 24 horas por dia, continuamos a mendigar por uma felicidade limitada.
Apesar de estarmos envergonhados, desanimado e menosprezado por essas mesmas pessoas, continuamos a pedir-lhes.
Realmente, o que eles poderiam lhe dar? Assim como você estão implorando a partir deles, eles também estão pedindo a felicidade para você.
Dizemos uns aos outros: “Eu te amo”, mas … será que entendemos a definição de amor ou apenas memorizamos esta frase e continuamos a dizê-la?”
Shri Kripalu Ji Maharaj Jagadguru
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