Reflexão

Menina pede comida ao Papai Noel e vizinhos realizam desejo

Recentemente uma ação genuína de generosidade emocionou muita gente!

Como relatado em reportagem da Revista Crescer, Raquel (que preferiu ocultar seu sobrenome) recebeu uma cartinha, escrita por uma criança, com pedido de presente de natal na sua caixa de Correio. A moradora de Santo André, SP, se surpreendeu com o pedido da menina: ao invés de pedir por brinquedos, ela pedia por cesta básica e uma manta de um personagem de desenho.

Na carta a criança também relatou que mora com dois irmãos e a mãe.

Raquel é mãe de uma criança de 3 anos e ficou profundamente abalada com o pedido “Era bem na hora do almoço, fiquei com os olhos cheios de água” relatou “fiquei triste, porque uma criança de 9 anos não deveria estar pedindo uma cesta básica no Natal”.

Decidida a ajudar esta família, a mulher compartilhou a cartinha em um grupo de vizinhos. Os moradores também sentiram vontade de ajudar.

“Todo mundo se mobilizou para doar. Cada um deu o que tinha: arroz, feijão, sabonete, papel higiênico, enlatados. Muitos biscoitos para as crianças, leite, chocolate, que é o que elas gostam de comer”

O problema é que a criança não informou o endereço e nem telefone da família e Raquel precisou bancar a detetive. Ela compartilhou o fato do Instagram e recebeu uma mensagem de uma amiga, dizendo que a madrinha morava na região e iria tentar achar as crianças.

Raquel descobriu que a menina se chamava Juliana e a mãe dela Teresa. Teresa havia perdido o emprego na pandemia, fazia faxina e trabalhava com reciclagem para sustentar os filhos e a família passava dificuldades. Eles também não tinham telefone.

Quando Raquel levou o que tinha arrecadado, Teresa ficou muito emocionada e Juliana empolgadíssima. “Pensei que as pessoas iam ver a carta e amassar”, revelou Teresa.

A filha de Teresa sempre foi incentivada pela tia a escrever cartinhas para o papai noel. No ano anterior ela já havia escrito uma mas ninguém havia respondido. Quando a mãe viu o que a filha escreveu, ficou tocada. “Pensei que ela iria pedir brinquedo, roupa. E ela achou melhor pedir isso”, contou.

Raquel e seus vizinhos pretendem continuar ajudando a família “Muitas vezes, a gente esquece a dor do outro. Se todo mundo ajudar um pouquinho, conseguimos melhorar o nosso entorno e chegar a uma sociedade um pouco mais justa. Espero que as crianças possam pedir um lápis de cor, uma bola, uma camisa de futebol e não comida”, declarou a mulher.

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