– A coisa mais difícil era o cuidado com o bebê. Eu tinha que sair todos os dias, deixa-lo aos cuidados de uma pessoa que eu não conhecia e torcer para ele estar vivo no final do dia – contou Chris a InfoMoney.
-Uma das maiores diferenças entre o filme e a vida real é que no filme o ator que interpreta meu filho tem 5 anos de idade. Eles fizeram isso para ajudar com os diálogos. E a verdade é que meu filho tinha 14 meses de idade, ele ainda usava fraldas. Isso muda tudo. E a coisa mais difícil que eu tinha que fazer todos os dias como um pai trabalhador, sem teto e solteiro, era os cuidados com a criança. Pense nisso: se você tem um bebê dessa idade você não pode ir trabalhar. Então a coisa mais difícil era deixar meu menino com alguém que eu não conhecia e torcer para que tudo estivesse bem.
Ele também contou como chegou ao ponto de precisar morar na rua:
Tudo o que poderia dar errado deu errado ao mesmo tempo. Eu tive uma entrevista em Wall Street para trabalhar como estagiário durante um ano. E então o cara que me fez a oferta foi demitido no dia anterior ao que eu deveria começar. Ninguém mais sabia quem eu era ou por que eu estava lá, e eles não ligavam! E eu tinha largado meu emprego anterior achando que eu iria para Wall Street. Então eu percebi: “não, você não vai para Wall Street e você não tem um emprego! Agora você tem que ir para casa e contar isso à sua esposa”. E a mãe do meu filho nessa época havia terminado a graduação de direito, não tinha passado no Exame da Ordem. Eu era a esperança dela, e eu não tinha um emprego. Então a moral da história é: o desemprego não vai ajudar seu relacionamento (risos).
Mesmo após tantos perrengues, Chris garante: se pudesse não mudaria nada, foram essas dificuldades que garantiram seu sucesso.
– Não. E essa é a coisa mais importante que eu divido com as pessoas. Eu não mudaria, porque eu acredito que se você mudar uma coisa, tudo o que acontecer depois mudará depois. Por exemplo, no filme, aquela cena onde eu conheço o cara que me ajudou com o emprego, ela na verdade aconteceu em um hospital, onde eu estava trabalhando. E eu saí da porta – em hospitais, quantas portas existem? Há muitas para entrar e sair –, se eu saísse de uma porta diferente, eu nunca teria encontrado esse cara. Se eu fosse para a esquerda, em vez da direita, nunca o haveria conhecido. Então não, eu não voltaria atrás e mudaria algo.
E, quando perguntado se também não mudaria a época em que morou nas ruas ele continua firme em sua convicção:
-Absolutamente. Foi importante não apenas para conseguir o emprego, mas para eu me tornar empreendedor. E as pessoas dizem “por quê?”. Pense a respeito: quando você não tem casa, você não tem recursos. Quando começa um novo negócio, tem recursos limitados. Então você já está na frente no jogo, por causa dessa experiência. E quando você não tem casa, isso força você a ser muito bom com os seus recursos, da mesma forma que acontece quando você começa um novo negócio. Então a experiência de viver na rua realmente me ajudou a ser empreendedor.
Além de Chris aconselhar você a não desejar ser outras pessoas, ele deixa mais um conselho:
– As experiências mais importantes em todas as nossas vidas são universais. Somos todos mais parecidos do que diferentes. Durante os momentos mais importantes, desafiadores e empoderadores das nossas vidas, o local onde você está no planeta é secundário em relação a onde o seu espírito está.
Mas, da onde será que Chris tira tanta inspiração?
-Minha mãe. Minha mãe me ensinou que eu poderia fazer ou ser tudo.
Veja a entrevista completa em: InfoMoney
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