Reflexão

HISTÓRIAS EMOCIONANTES

3 histórias emocionantes que vão aquecer o seu coração, espia:

 

1. OUVIR O AMOR

Não me lembro de jamais ter ouvido as palavras “eu te amo” do meu pai. Se o pai nunca diz essas palavras à criança, à medida que o tempo passa fica cada vez mais difícil dizê-las. Para falar a verdade, também não me lembrava da última vez que disse essas palavras a ele. Resolvi deixar meu ego de lado e dar o primeiro passo. No primeiro telefonema após essa decisão, hesitei um pouco e depois disse de uma vez só “Pai… eu te amo!”

Houve um silêncio do outro lado da linha e, em seguida, a estranha resposta: “Bom, o mesmo para você”.

Dei um risinho e disse: “Pai, você sabe que me ama e, quando puder, sabe que vai dizer o que eu quero que você diga.”

Passados quinze minutos, minha mãe me telefonou, nervosa, perguntando: “Paul, está tudo bem?”

Cerca de um mês depois, meu pai encerrou nossa conversa telefônica com as palavras: “Paul, eu te amo.” Eu estava no trabalho e as lágrimas desceram nesse momento em que finalmente “ouvi” o amor. Ele também chorava e senti que esse momento tinha levado nosso relacionamento a um nível diferente.

Pouco depois desse momento especial, meu pai escapou por pouco da morte, em consequência de uma cirurgia de coração. Desde então tenho pensado muitas vezes: se eu não tivesse dado o primeiro passo e meu pai não tivesse sobrevivido à cirurgia, eu jamais teria “ouvido” o amor.

Paul Barton

 

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2. Obrigada por acreditar em mim

Quando eu era assistente social numa clínica psiquiátrica de Nova York, pediram-me que visse Roz, uma moça de 20 anos que havia sido encaminhada por outra instituição. Foi uma transferência fora dos padrões normais, pois nenhuma informação sobre ela fora enviada antes de sua primeira entrevista. Disseram-me para “me virar” e descobrir quais eram os problemas dela e do que necessitava.

Sem um diagnóstico em que me basear, classifiquei Roz como uma jovem infeliz e incompreendida que não tinha sido ouvida na terapia anterior. A situação de sua família era desagradável. Eu não a via como uma pessoa perturbada, mas como uma pessoa solitária e incompreendida. Ela respondeu de maneira bastante positiva quando foi ouvida. Esforcei-me para que ela começasse uma vida que valesse a pena ser vivida – para que encontrasse um emprego e um bom lugar para viver e fizesse novas amizades. Nós nos demos bem e logo ela iniciou importantes mudanças em sua vida.

Os relatórios das instituições psiquiátricas anteriores chegaram um mês depois que havíamos começado a trabalhar juntas. Para minha completa surpresa, eles eram bastante volumosos e descreviam inúmeras internações psiquiátricas. O diagnóstico era “esquizofrenia paranóica”, com um comentário dizendo que era “um caso perdido”.

Essa não tinha sido de maneira alguma a minha experiência com Roz, portanto decidi esquecer essa papelada. Nunca a tratei como se fosse “um caso perdido”. (Questionar a validade de um diagnóstico foi uma lição para mim.) Descobri os horrores que ela havia passado naquelas internações, que havia sido drogada, isolada e molestada. Aprendi muito com ela sobre como sobreviver a circunstâncias tão traumáticas.

Primeiro Roz encontrou um emprego, depois um lugar para morar, longe da família problemática. Depois de vários meses, ela me apresentou ao seu futuro marido, um empresário bem-sucedido que a adorava.

Quando terminou a terapia, Roz presenteou-me com um marcador de livros de prata e um bilhete que dizia: “Obrigada por acreditar em mim.”

Trago sempre esse bilhete comigo e vou guardá-lo para o resto da vida, para que me lembre da opção que faço pelas pessoas, graças ao triunfo de uma mulher corajosa sobre um diagnóstico de “caso perdido”.

Judy Tatelbaum

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3. Se você me ama, me diga!

Jerry não se esqueceu daquele dia de inverno em que nevava e seu filho mais velho quase sofreu um acidente sério. Jeff mal tinha um ano de carteira e isso deixava Jerry nervoso toda vez que o rapaz saía de carro. A proximidade com o desastre aumentou sua ansiedade.

Um dia, logo depois do quase acidente, Jeff disse ao pai que ia a uma festa e voltaria tarde.

– Dirija com cuidado! – Jerry advertiu.

Jeff virou-se para o pai com um olhar de tristeza e perguntou:

– Por que você sempre diz isso?

– Digo o quê?

– “Dirija com cuidado.” É como se você não confiasse em mim dirigindo.

– Não, filho, não é nada disso – Jerry explicou. – É só uma maneira de dizer “Eu te amo”.

– Olhe, papai, se você quer dizer que me ama, diga isso! Se não, posso confundir a mensagem.

– Mas… – Jerry hesitou. – E se seus amigos estiverem com você? Se eu disser “Eu te amo”, você pode ficar sem graça.

– Nesse caso, papai, quando estiver se despedindo, basta colocar sua mão perto do coração e eu vou fazer a mesma coisa –Jeff sugeriu.

Jerry entendeu que seu filho, tanto quanto ele, queria expressar seu amor.

– Estamos combinados – ele disse.

 

 

Alguns dias depois, Jeff estava pronto para sair de novo, dessa vez com um amigo.

– Papai, pode me emprestar o carro? – ele pediu.

– Claro – Jerry respondeu. – Aonde você vai?

– Ao centro da cidade.

Jerry lhe deu as chaves.

– Jeff, divirta-se – disse o pai, colocando discretamente a mão perto do coração.

Jeff fez a mesma coisa.

– Claro, papai.

Jerry piscou. E Jeff, chegando perto do pai, falou baixinho:

– Piscar não faz parte do nosso trato.

Jerry ficou meio surpreso.

– Tudo bem, papai, até mais tarde – Jeff disse enquanto se dirigia à porta.

Antes de sair, ele se virou – e piscou.

Mitch Anthony

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