Diversão

HISTÓRIAS DIVERTIDAS

Histórias leves e super divertidas que vão te tirar sorrisos 🙂

1. A IMPORTÂNCIA DE QUEM SERVE O CAFEZINHO

Certo dia, dois velhos leões que eram grandes amigos bolaram um plano de fuga e fugiram do Zoológico.

Na fuga, para despistar cada um dos Leões tomou caminhos distintos. Um deles foi para as matas e o outro foi para o centro da cidade mais próxima. Semanas se passaram na procura dos leões por todos os cantos, mas nada de encontra-los.

Depois de quase um mês, para surpresa de todos, volta o leão que fugiu para as matas. Porém, voltou magrelo, com fome e ferido. Desta forma o pobre Leão foi reconduzido a sua jaula.

Passaram-se dez meses e ninguém mais lembrava-se do leão que tinha fugido para o centro da cidade, quando de repente um dia, o Leão sumido foi encontrado. Porém, estava gordo e com muita saúde.

Inquieto de tanta curiosidade o Leão que fracassadamente havia fugido para a floresta perguntou ao seu colega de fuga:

– E aí meu colega de fuga! Como é que você conseguiu ficar todo este tempo escondido na cidade, além disso, voltar com esta saúde toda? Tem tanta comida assim na cidade? Se soubesse teria ido para lá, pois eu peguei o caminho da floresta e tive que dar meia volta e voltar para o Zoológico, pois estava morrendo de fome.

O outro então explicou:
– Bom, tive sorte e acabei me escondendo em uma repartição pública.
Cada dia comia um funcionário público diferente, porém, ninguém sentia falta deles.

– Ué, mas por que você voltou então? Acabou a comida? Digo os Funcionários?

– Não foi isso! Funcionário público nunca tem fim, cada vez que eu comia um aparecia mais três novos.
O problema foi que eu acabei cometendo um grave erro.

Eu já tinha feito a limpa na repartição, já tinha comido diretores, superintendentes, adjuntos, coordenadores, assessores, chefes de seção, secretárias, entre outros funcionários e nunca ninguém deu por falta deles!

Mas, no dia em que eu comi a senhora que servia o cafezinho… Meu plano foi descoberto!

Autor Desconhecido

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2. A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega ­ tudo malandro velho ­ começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:

– É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco.
A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente.
Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco.
No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai!
O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

– Mas no saco só tem areia! ­ insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

– O senhor promete que não “espáia”? ­ quis saber a velhinha.

– Juro,­ respondeu o fiscal.

– É lambreta.

Stanislaw Ponte Preta

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3. O VERDADEIRO BOBO

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertiam com o idiota da aldeia.

Um pobre coitado, de pouca inteligencia, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2.000 REIS.

Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.

Eu sei respondeu o tolo assim: Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.

Pode-se tirar varias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas a conclusão mais interessante é:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não tem uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
O maior prazer de uma pessoa inteligente é bancar o idiota, diante de um idiota que banca o inteligente.

Autor Desconhecido

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4. Quem somos?

Vesti-me de mendigo e sai visitando reinos. Cheguei a um reino muito rico e logo me sentei no trono real. Um grupo de conselheiros, vendo-me assim, com ar tão prepotente, resolveu me interpelar:

– Você é um príncipe?

– Não. Estou acima disso. – respondi com firmeza e calma.

– Então você é um sultão? – perguntou-me outro dos conselheiros.

– Estou acima disso, ora! – respondi com mais ênfase.

– Ah, então você é um rei? – insistiu outro.

– Estou acima disso! – dei a mesma resposta.

Quando já estavam cansados de tantas negativas, um dos conselheiros atreveu-se a me perguntar:

– Você por acaso é Deus?

– Também estou acima disso!

Todos se entreolharam, mas o curioso conselheiro continuou:

– Mas, o que está dizendo?! Acima de Deus não há nada!

– Pois é justamente isso que sou! – exclamei, fechando a questão.

Nasrudin
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5. O JUÍZO FINAL

Chegou o miserável milionário no céu e, impacientemente, esperou a sua vez de ser julgado. Introduziram-no numa sala, noutra sala, noutra sala, até que se viu frente a uma luz ofuscante, na qual pouco a pouco foi distinguindo a figura santa do pai dos Homens. Em voz tonitroante este, tendo à direita, Pedro, e, à esquerda, uma figura que ele não conhecia, julgou sumariamente dois outros pecadores que estavam à sua frente. E, afinal, dirigiu-se a ele:

– Que fez você de bom na sua vida ?

– Bem, eu nasci, cresci, amei, casei, tive filhos, vivi.

– Ora – disse o Senhor – isso são actos sociais e biológicos a que você estava destinado. Quero saber que bondade específica e determinada você teve para com o seu semelhante.

– Bem – disse o milionário – eu criei indústrias, comprei fazendas, dei emprego a muita gente, melhorei as condições sociais de muita gente.

– Não, isso não serve – disse o Todo-Poderoso – essas acções estavam implícitas ao acto de você enriquecer. Você as praticou porque precisava viver melhor.
Não foram intrinsecamente boas acções, desprendidas, não servem.

O milionário escarafunchou o cérebro e não encontrou nada. Em verdade, passara uma vida egoísta, pensando apenas em si mesmo. Nunca o preocupara seu semelhante, nunca olhara para o ser humano a seu lado senão como uma fonte de lucro para as suas indústrias. Mas, de repente, lemboru-se das obras de filantropia.

– Ah – disse, puxando uma caderneta – aqui está. Uma vez dei cem cruzeiros para uma velhinha da Casa dos Artistas, outra vez contribuí com duzentos cruzeiros para o Hospital dos Alienados e outra vez contribuí com quinhentos cruzeiros para a Fundação das Operárias de Jesus.

– Só ? – perguntou Deus.

– Só – disse o milionário contrafeito.

– Josué! – gritou o Todo-Poderoso -, dê oitocentos cruzeiros ao cavalheiro aqui e que vá para o Inferno.
Moral: Amor com amor se paga e o dinheiro com dinheiro também.

Millôr Fernandes

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