Sentimentos

6 REFLEXÕES SOBRE COMO EDUCAR OS FILHOS

Você quer ser um pai/mãe cada vez melhor? Então, confira estes lindos e interessantes textos sobre como educar filhos! Não esqueça de deixar sua opinião nos comentários:

1. O PAI PERDOA

Escute, filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha enfiada debaixo do seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados na fronte. Entrei sozinho e sorrateiramente no seu quarto. Há poucos minutos atrás, enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E, sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama.

Andei pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você. Na hora em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar direito o rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei furioso com você por ter atirado alguns de seus pertences no chão.

Durante o café da manhã, também impliquei com algumas coisas. Você derramou o café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou, abanou a mão e disse: “Chau, papai!” e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse: “Endireite esses ombros!”

De tardezinha, tudo recomeçou. Voltei e quando cheguei perto de casa vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias estavam rasgadas. Humilhei-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na minha frente. As meias são caras – Se você as comprasse tomaria mais cuidado com elas! Imagine isso, filho, dito por um pai!

Mais tarde, quando eu lia na biblioteca, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção, você parou à porta: “O que é que você quer?”, perguntei implacável.

Você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção, passou seus braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo os degraus da escada.

Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se afrouxaram, o jornal escorregou por entre eles, e um medo terrível e nauseante tomou conta de mim. Que estava o hábito fazendo de mim? O hábito de ficar achando erros, de fazer reprimendas? Era dessa maneira que eu o vinha recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse; o fato é que eu esperava demais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida.

E havia tanto de bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e de dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa nesta noite, filho. Entrei na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama, envergonhado!

É uma expiação inútil; sei que, se você estivesse acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um papai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei quando você sofrer, rirei quando você rir. Morderei minha língua quando palavras impacientes quiserem sair pela minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: “Ele é apenas um menino, um menininho!”

Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito de você, exigi muito.

W. Livingston Larned

Que tal aproveitar que está por aqui para dar uma olhadinha em Frases para Filhos ou Textos sobre Pais e filhosE não se preocupe, o link irá abrir em nova janela para não atrapalhar sua leitura :)

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2. Quanto vale seu tempo papai?

Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de admiração, pergunta ao pai, quando este retorna
do trabalho:
– Pai, quanto o senhor ganha por hora?

O pai, num gesto severo, responde:
– Escuta aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe. Não amole, estou cansado!
Mas o filho insiste:
– Mas papai, por favor, diga, quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu:
– Três reais por hora.
– Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
– Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me amole mais!
Já era noite, quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez,
quem sabe, o filho precisasse comprar algo. Querendo descarregar sua consciência doida, foi até o
quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
– Filho, está dormindo?
– Não, papai! – o garoto respondeu sonolento e choroso.
– Olha, aqui está o dinheiro que você me pediu: Um real.
– Muito obrigado, papai! – disse o filho, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha
que estava sob a cama.
– Agora já completei, papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora de seu tempo?

Autor Desconhecido

 

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3. FECHE A BOCA E ABRA OS BRAÇOS

Uma amiga ligou com notícias perturbadoras: a filha solteira estava grávida.

Relatou a cena terrível ocorrida no momento em que a filha finalmente contou a ela e ao marido sobre a gravidez. Houve acusações e recriminações, variações sobre o tema “Como pôde fazer isso conosco?” Meu coração doeu por todos: pelos pais que se sentiam traídos e pela filha que se envolveu numa situação complicada como aquela. Será que eu poderia ajudar, servir de ponte entre as duas partes?

Fiquei tão arrasada com a situação que fiz o que faço – com alguma frequência – quando não consigo pensar com clareza: liguei para minha mãe. Ela me lembrou de algo que sempre a ouvi dizer. Imediatamente, escrevi um bilhete para minha amiga, compartilhando o conselho de minha mãe: “Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços.”

Tentei seguir o mesmo conselho na criação de meus filhos. Tendo tido cinco em seis anos, é claro que nem sempre conseguia. Tenho uma boca enorme e uma paciência minúscula.

Lembro-me de quando Kim, a mais velha, estava com quatro anos e derrubou o abajur de seu quarto. Depois de me certificar de que não estava machucada, me lancei numa invectiva sobre aquele abajur ser uma antiguidade, sobre estar em nossa família há três gerações, sobre ela precisar ter mais cuidado e como foi que aquilo tinha acontecido – e só então percebi o pavor estampado em seu rosto. Os olhos estavam arregalados, o lábio tremia. Então me lembrei das palavras de minha mãe. Parei no meio da frase e abri os braços.

Kim correu para eles dizendo:

– Desculpa… Desculpa – repetia, entre soluços. Nos sentamos em sua cama, abraçadas, nos embalando. Eu me sentia péssima por tê-la assustado e por fazê-la crer, até mesmo por um segundo, que aquele abajur era mais valioso para mim do que ela.

– Eu também sinto muito, Kim – disse quando ela se acalmou o bastante para conseguir me ouvir. – Gente é mais importante do que abajures. Ainda bem que você não se cortou.

Felizmente, ela me perdoou. O incidente do abajur não deixou marcas perenes. Mas o episódio me ensinou que é melhor segurar a língua do que tentar voltar atrás após um momento de fúria, medo, desapontamento ou frustração.

Quando meus filhos eram adolescentes – todos os cinco ao mesmo tempo – me deram inúmeros outros motivos para colocar a sabedoria de minha mãe em prática: problemas com amigos, o desejo de ser popular, não ter par para ir ao baile da escola, multas de trânsito, experimentos de ciência malsucedidos e ficar em recuperação. Confesso, sem pudores, que seguir o conselho de minha mãe não era a primeira coisa que me passava pela mente quando um professor ou diretor telefonava da escola. Depois de ir buscar o infrator da vez, a conversa do carro era, algumas vezes, ruidosa e unilateral.

Entretanto, nas ocasiões em que me lembrava da técnica de mamãe, eu não precisava voltar atrás no meu mordaz sarcasmo, me desculpar por suposições errôneas ou suspender castigos muito pouco razoáveis. É impressionante como a gente acaba sabendo muito mais da história e da motivação por trás dela quando está abraçando uma criança, mesmo uma criança num corpo adulto. Quando eu segurava a língua, acabava ouvindo meus filhos falarem de seus medos, de sua raiva, de culpas e arrependimentos. Não ficavam na defensiva porque eu não os estava acusando de coisa alguma. Podiam admitir que estavam errados sabendo que eram amados, apesar de tudo. Dava para trabalharmos com “o que você acha que devemos fazer agora”, em vez de ficarmos presos a “como foi que a gente veio parar aqui?”

Meus filhos hoje estão crescidos, a maioria já constituiu a própria família. Um deles veio me ver há alguns meses e disse “Mãe, cometi uma idiotice…”

Depois de um abraço, nos sentamos à mesa da cozinha. Escutei e me limitei a assentir com a cabeça durante quase uma hora enquanto aquela criança maravilhosa passava o seu problema por uma peneira. Quando nos levantamos, recebi um abraço de urso que quase esmagou os meus pulmões.

– Obrigado, mãe. Sabia que você me ajudaria a resolver isto.

É incrível como pareço inteligente quando fecho a boca e abro os braços.

Diane C. Perrone

 

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4. O NÓ DO AFETO

Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-Ihes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.

Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.

Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.

Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá?lo todas as noites quando chegava em casa.

E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.

Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante.

E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.

Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais Importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo a um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos “ouçam” a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.

É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro. A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.

E você… já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?

Autor desconhecido

 

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5. OPORTUNIDADES PERDIDAS

Ofereci-me para tomar conta de Ramanda, nossa filha de três anos, para minha mulher sair com uma amiga. Enquanto Ramanda brincava na sala ao lado, eu adiantava meu trabalho. Achei que estava tudo bem. De repente, percebi que ela estava quieta demais.

– Ramanda, o que você está fazendo?

Nenhuma resposta. Repeti a pergunta e ela disse:

– Ah… nada.

Nada? O que quer dizer “nada”?

Corri para a sala a tempo de vê-la decolar para o hall, disparei escada acima atrás dela e ainda vislumbrei seu bumbunzinho dando uma guinada à esquerda na porta do quarto. Eu ganhava terreno! Ela arremeteu para o banheiro. Péssima manobra. Ficou num beco sem saída. Falei para ela olhar para mim. Recusou. Apelei para a mais alta, ameaçadora e autoritária voz de pai:

– Menina! Eu disse para olhar para mim!

Ela se virou devagarinho. Na mão, estava o que restava do batom novo da mãe. O rosto estava inteiramente coberto de vermelho vivo (exceto os lábios, é claro)!

Olhava para mim com medo, os lábios tremendo. Ouvi todas as vozes que gritaram comigo em criança: “O que é isso?… Você não tem mais idade para isso!… Quantas vezes eu tenho que repetir… Que coisa feia… Assim não é possível!” Era só escolher, entre o repertório de velhas mensagens, qual delas usar para dizer que ela era uma menina impossível. Mas antes de me decidir, meus olhos bateram na camiseta que minha mulher tinha vestido em Ramanda menos de uma hora atrás. As letras garrafais diziam: “SOU UM ANJINHO PERFEITO”. Olhei de novo para os olhos rasos de lágrimas e, em vez de ver a menina impossível que não ouvia ninguém, vi uma filhinha de Deus… um anjinho perfeito de grande valor e maravilhosa espontaneidade, que estive perigosamente perto de envergonhar.

– Querida, você está linda! Vamos tirar uma foto para a mamãe ver como você ficou bonita.

Tirei uma foto e agradeci a Deus por não ter perdido a oportunidade de reconhecer um anjinho perfeito que Ele me deu.

Nick Lazaris

 

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6. A CAIXA DE BEIJOS

Certa vez, no mês de dezembro, um homem castigou sua filhinha de quatro anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado.

A situação financeira da família não era muito boa, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina envolvendo uma caixa com aquele papel tão caro e, depois, colocá-la debaixo da árvore de Natal.

Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menininha levou o presente ao pai e carinhosamente disse:

– Isso é pra você, paizinho! Espero que goste.

Ele ficou envergonhado pela sua furiosa reação no dia anterior, mas ao abrir a caixinha e encontra-lá vazia, voltou a explodir:

– Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, coloca-se alguma coisa na caixa?!

A garotinha olhou para cima com lágrimas nos olhos e disse:

– Ah, paizinho, não está vazia, não. Eu joguei muitos beijinhos aí dentro e todos pra você papai!

O pai quase morreu de vergonha. Abraçou a filha e suplicou que ela o perdoasse.

Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por muitos anos e, sempre que sentia triste, chateado, deprimido, tomava da caixa um beijinho imaginário e recordava o amor que sua filha havia depositado ali.

Preste sempre atenção: Pode ser que estejamos recebendo uma caixa de amor, beijos e carinho de nossos pais, filhos, irmãos, amigos . . . Ninguém pode receber presente melhor que esse.

Autor desconhecido

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