Alcenir de Oliveira, conhecido como Mineiro, trabalhava nas olimpíadas do Rio em 2016, quando encontrou um pequeno cãozinho sozinho, magro, triste e acabrunhado. Era visível que o animalzinho estava faminto e carente.
Alcenir não teve dúvidas – Não iria deixar o pobre bichinho, sofrendo, abandonado a própria sorte. Pegou o pequeno e levou-o para a sua casa, cercando-o de cuidados, dando-lhe também muitas doses generosas de amor. Chamou-o de Pretinho e a casa de Alcenir passou a ser também, o lar de Pretinho.
Logo o peludo estava novo em folha, pronto para as aventuras que viriam e, se sentia totalmente seguro na companhia do tutor, pois Pretinho tinha consciência de que fora ele quem o resgatou. Com o passar dos dias, os vínculos entre os dois foram se tornando cada vez mais fortes e eles ficaram inseparáveis. Muito amor envolvido!
Alcenir, que é Operador Ecológico e cuida da limpeza das ruas da cidade maravilhosa, certo dia levou o cãozinho para acompanhá-lo em sua rotina de trabalho pois Pretinho é um Dog bem tranquilo e calminho. O animalziho adorou e agora acompanha seu amigo todos os dias: é muito mais divertido passear na rua do que ficar em casa sozinho, fazendo nada.
Os dois podem ser vistos diariamente nas ruas do Rio – Alcenir trabalhando e Pretinho inspecionando tudo a sua volta, à cata de algo que o interesse, ou então, simplesmente, descansando à sombra de uma árvore, esperando os intervalos de trabalho do amigo para receber carinhos e alimento.
A identificação é tanta que o peludo também recebeu um uniforme laranja igual ao que veste seu humano. O que afinal de contas, é bem justo, pois ele comparece ao trabalho rotineiramente.
O carisma do patudinho fofo uniformizado acabou chamando a atenção das pessoas que também se afeiçoaram ao animalzinho e lhe fazem afagos.
Alcenir conta que o apego dele é tão grande que pretinho quer ir junto a tudo quanto é lugar, um grude.
Uma história muito linda que se desenrola no cotidiano de uma cidade grande, onde as pessoas vivem correndo e lutando para dar conta de todas as suas obrigações, o que, torna muitas delas, indiferentes ao sofrimento alheio. Mas, atitudes como essa, demonstram que o ser humano ao fazer o bem, acaba recebendo também um benefício. Alcenir, ao acolher o animalzinho, ganhou um especial melhor amigo que preenche seus dias com amor e alegria. Como diz o ditado: “Sempre fica um pouco de perfume nas mãos que oferecem flores”.
Fonte: Correio Animal
Autora
Lourdes Grings