14 fábulas infantis didáticas, de fácil compreensão, para você trabalhar com as crianças valores morais, interpretação de texto ou apenas introduzi-las a este gênero literário.
1. O Vento e o Sol
O vento e o sol estavam disputando qual dos dois era o mais forte.
De repente, viram um viajante que vinha caminhando.
– Sei como decidir nosso caso. Aquele que conseguir fazer o viajante tirar o casaco, será o mais forte. Você começa!- propôs o sol, retirando-se para trás de uma nuvem.
O vento começou a soprar com toda a força. Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o casaco ao corpo. Desesperado, então o vento retirou-se.
O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo o esplendor sobre o homem, que logo sentiu calor e despiu o paletó.
Moral: O amor constrói, a violência arruina
Esopo
Interpretação do Refletir
Na competição entre o sol e o vento, o vento decidiu usar a violência do seu sopro para arrancar o casaco a força mas quanto mais ele agredia com sua forte ventania, mais o homem se agarrava a proteção do casaco.
Já o sol fez o contrário: gentilmente usou seu brilho e calor para encorajar o homem a fazer o que ele desejava, o deixando confortável para retirar o paletó.
2. A Raposa e as Uvas
Uma raposa passou embaixo de uma parreira carregada de lindas uvas.
Ficou com muita vontade de comer aquelas uvas.
Deu muitos saltos, tentou subir na parreira, mas não conseguiu.
Depois de muito tentar foi-se embora, dizendo:
— Eu nem estou ligando para as uvas. Elas estão verdes, mesmo…
Moral: É fácil desdenhar daquilo que não se alcança
Esopo
Interpretação do Refletir
A raposa não conseguia comer as uvas, então, passou a desdenhar das frutas. Era mais fácil dizer que o alimento não era bom o bastante para ela do que admitir que não teve capacidade de pegá-lo
Assim são as pessoas: algumas passam a botar defeito no que não podem ter.
3. A Vaca que Pôs um Ovo
Mimosa era uma vaca, que um belo dia começou a ficar muito triste e deprimida. As suas amigas galinhas começaram a notar que Mimosa andava tristonha, quietinha, diferente de todos os outros dias.
– O que aconteceu, Mimi? – Cacarejaram suas amigas.
– Aconteceu que eu não sei fazer nada de especial. – Disse a vaquinha.
– Especial?! Como assim? – Perguntaram curiosas as galinhas.
– Eu não sei andar de bicicleta como as outras vacas.
As galinhas olharam curiosas e abriram um pouquinho o bico. Elas não sabiam que as vacas andavam de bicicleta.
– Andam sim! – Respondeu Mimosa. – Só eu é que não sei andar.
E Mimosa continuou:
– Eu não sei plantar bananeiras como as outras vacas.
As galinhas olharam assustadíssimas e abriram todos os seus biquinhos. Elas não sabiam que as vacas podiam plantar bananeiras.
– Podem sim! – Respondeu Mimosa. E concluiu com um suspiro:
– Eu não sei fazer nada de especial mesmo…
Naquela noite, enquanto Mimosa dormia, as galinhas reuniram-se e cacarejaram baixinho. Elas tinham que encontrar uma solução para a amiga. Não queriam ver Mimosa tão triste pelos cantinhos da quinta. Cacareja que cacareja. Pensa que pensa. Até que uma delas teve uma ideia. Os rostos de todas as galinhas iluminaram-se, e foram dormir.
Na manhã seguinte, bem cedinho, quando Mimosa acordou, apanhou um susto:
– UM OVO! EU PUS UM OVO!
A bicharada inteira acudiu, assustada que estava com aquela gritaria.
Era verdade: no sítio onde Mimosa dormia estava em pé, direitinho, um lindo ovo malhado de branco com preto. Um ovo malhado igualzinho à Mimosa.
O dono da quinta ouviu a gritaria e saiu a correr. A mulher do dono da quinta chamou a rádio, a televisão, o jornal e anunciou a todos: uma vaca da sua quinta tinha posto um ovo!!!
Mimosa toda contente olhava para o ovo com o maior orgulho. As vacas da fazenda, desconfiadas do que tinha acontecido, cercaram Mimosa e disseram em coro:
– Mimi! Estamos muuuuuuuito desconfiaaaaaadas do que aconteceu!
– Ui! Desconfiadas por quê? – Perguntou Mimosa.
– Ora, Mimiiiii! As vacas não põem oooovos! Quem põe ovos são as galiiiiiiinhas!
Mimi ficou triste de novo. Seria verdade? Seria verdade que seu ovo malhadinho tinha sido uma armação das amigas galinhas?
– Não acredite, Mimi! Não fomos nós não! – Disseram as galinhas todas ofendidas com a acusação das outras vacas.
Mimi começou a ficar triste de novo…mas pensou que as galinhas podiam estar a dizer a verdade e resolveu, resolveu que iria chocar o ovo como as galinhas fazem.
Preparou um ninho fofinho e quentinho e sentou com todo o cuidado em cima do ovo malhado.
Sentou e esperou. Todos na fazenda ficaram curiosos. E todos esperaram.
Muito tempo se passou. Até que um dia, de repente, Mimosa ouviu um barulhinho estranho. CREC!!! CREC!!! E todos gritaram: Vai nascer !!!! Mimosa ficou olhando e viu que o ovinho estava rachando.
Mais alguns crecs depois, o ovo abriu. E de dentro dele saiu … uma bolinha de … penas!
– Viu só, Mimiiii! Foram as galiiiiinhas que o colocaram aí dentro!
Mimosa já ia ficar triste de novo, quando o pintainho olhou para todos à volta, virou a cabecinha na direção de Mimi e gritou em alto e bom som:
– MUUUUUUUUU!!!
– Viram só? – disse Mimosa bem feliz. – É meu filhinho mesmo!!!
Moral: A verdade é aquilo que você acredita
Andy Cutbill
Interpretação do Refletir
No início da história a vaca acreditava em coisas absurdas, como vacas plantando bananeiras ou andando de bicicletas. Depois, ela acreditou que colocou um ovo e os outros também passaram a acreditar no astuto plano das galinhas.
Quando finalmente o ovo chocou a verdade foi revelada mas, como até mesmo o próprio pinto acreditava ser filho da vaca (provavelmente porque todo mundo em sua volta repetia isso) todos voltaram a acreditar na mentira mostrando que a verdade é apenas o que todo mundo acredita que ela é.
4. O Asno e o Cavalo
Um asno, de passo tardo,
mal podendo suportar
o pesadíssimo fardo
que tinha de carregar,
pediu ao Cavalo:
– Amigo, podes dividir comigo
a carga que mal suporto?
Se assim continuar,
muito em breve estarei morto.
O Cavalo respondeu:
– Com isso pouco me importo.
Sem demora, o Asno morreu.
Então o dono dos dois
transferiu para o Cavalo
todos os sacos de arroz.
E foi assim que um esperto
acabou bancando o otário
e pagou um alto preço
porque não foi solidário.
Moral: O trabalho em equipe traz benefícios para todos.
La Fontaine
Interpretação do Refletir
O cavalo foi egoísta ao negar ajuda ao asno, se recusando a trabalhar em equipe e pensando só no seu conforto. Ele não sabia mas dependia do asno, na verdade ele estava trabalhando pelos dois.
Quando o asno faltou graças ao desdém do cavalo, o cavalinho precisou fazer tudo sozinho.
5. A sabe tudo
Sabe-tudo era o apelido pelo qual todos os habitantes do bosque conheciam a tartaruga. Quem tivesse algum problema a resolver ou dúvida para perguntar era só ir à casinha da Sabe-tudo, para ver seu caso resolvido.
Para dizer a verdade, a tartaruga passava as suas horas livres consultando livros e enciclopédias. Interessava-se por todos os temas existentes e por existir. Que curiosidade insaciável tinha ela!
– Desculpe-me, tartaruga, mas eu estava interessada em conhecer a ilha de Ceilão e… Diz timidamente a raposa.
– … E não consegue encontrar a resposta, não é verdade? Bem, não se preocupe que já lhe explico, querida amiga, responde a tartaruga, com sua tradicional amabilidade. Vejamos. A ilha de Ceilão está situada no Oceano Índico, ao sul da Península Indostânica ou da atual Índia. Esclarecida a dúvida?
– Oh, obrigada, obrigada, Sabe… Quer dizer, amiga tartaruga! Responde embaraçada a raposa.
A Sabe-tudo sorri compreensiva. É claro que conhece a alcunha que os seus vizinhos lhe puseram. Isso não a incomoda, pois adivinha o sentimento de admiração que se esconde por trás dela.
Os anos passam e os conhecimentos da tartaruga tornam-se imensos, a tal ponto que ela começa a tornar-se exigente e crítica com os seus vizinhos. Com mania de perfeição, torna insuportável a vida dos outros. De uma amiga brilhante e admirada por todos converte-se em uma criatura amarga e insatisfeita que, além disso, recebe a hostilidade de quem a rodeia.
Moral: A modéstia é uma virtude muito necessária, sobretudo para aqueles superdotados, que se destacam pelo seu próprio brilho. Sem a modéstia, o conhecimento é inútil, pois não será repartido com os outros que o têm em menor quantidade.
Interpretação do Refletir
A tartaruga inicialmente era sábia e gente boa mas no final se tornou arrogante. Essa arrogância afastou os amigos dela – mesmo que a tartaruga fosse útil aos outros animais, seu comportamento fazia com que eles se sentissem mal e ninguém mais queria fica perto dela .
6. O CACHORRO E A CARNE
Era uma vez um cão que estava levando para um lugar seguro um pedaço de carne que encontrou.
No caminho, sentiu sede e resolveu beber água no rio. Foi então que viu na água um pedaço de carne que parecia muito maior do que o seu.
Querendo ficar com dois pedaços de carne, sem demora, o cachorro lançou-se no rio.
Mas, ao abrir a boca para apanhar o pedaço maior, a carne que ele transportava caiu no rio e foi levada rapidamente pela correnteza.
O cachorro ficou sem nada. então, se deu conta do quanto fora bobo, pois compreendeu que o pedaço de carne que ele viu no rio era apenas a imagem refletida da carne que ele transportava.
Moral: Quem tudo quer nada tem. Esopo
Interpretação do Refletir
O cachorro estava satisfeito com o que tinha mas passou a cobiçar o prêmio do “vizinho”. Na tentativa de roubar o outro cão, ele acabou perdendo o que já tinha e descobriu que o objeto de sua cobiça não passava de uma ilusão.
7. A Corrida de Sapinhos
Era uma vez uma corrida de sapinhos.
Eles tinham que subir uma grande ladeira e, do lado havia uma grande multidão, muita gente que vibrava com eles.
Começou a competição.
A multidão dizia:
– Não vão conseguir! Não vão conseguir!
Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que continuava subindo. E a multidão a aclamar:
– Não vão conseguir! Não vão conseguir!
E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranquilo, sem esforço.
No final da competição, todos os sapinhos desistiram, menos aquele.
Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, descobriram que ele era SURDO!
Moral: Quando queremos fazer alguma coisa que precise de coragem não devemos escutar as pessoas que falam que você não vai conseguir. Seja surdo aos apelos negativos.
Monteiro Lobato
Interpretação do Refletir
O sapinho que ganhou a corrida era surdo, ou seja, ele não podia ouvir todas as coisas negativas ditas pelos outros sapinhos.
A vitória do sapo vencedor foi sem esforço, ou seja, foi fácil. Demonstra que qualquer um deles poderia ter vencido.
Então, os sapos perdedores se deram mal na competição por deixarem as palavras negativas afetarem os seus ânimos.
A mensagem é: cuidado ao ouvir opiniões alheias, as pessoas não tem como saber do que você é capaz. Os limites que elas enxergam em você dizem mais sobre elas mesmas do que sobre você.
8. A Lebre e a Tartaruga
Era uma vez… uma lebre e uma tartaruga.
A lebre vivia caçoando da lerdeza da tartaruga.
Certa vez, a tartaruga já muito cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre para uma corrida.
A lebre muito segura de si, aceitou prontamente.
Não perdendo tempo, a tartaruga pois-se a caminhar, com seus passinhos lentos, porém, firmes.
Logo a lebre ultrapassou a adversária, e vendo que ganharia fácil, parou e resolveu cochilar.
Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr.
Já na reta final, viu finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada, toda sorridente
Moral: Mais vale um trabalho persistente, do que os dotes naturais mal aproveitados.
Devagar se vai ao longe.
Esopo
Interpretação do Refletir
A lebre subestimou a tartaruga e foi arrogante ao decidir cochilar no meio da corrida. Ela não tirou o melhor proveito do seu dom. Já a tartaruga, naturalmente mais lenta, deu tudo de si e acabou vencendo por causa da sua atitude.
9. Discussões
Um viajante alugou um Burro de carga que o conduziria a uma distante localidade.
Mas, como o dia muito quente, com o sol brilhando com singular intensidade, o viajante resolveu parar para se refrescar e descansar um pouco, e para isso procurou abrigo sob a sombra do animal.
Entretanto, como só havia lugar para uma pessoa debaixo do animal, e como, tanto o viajante quanto o dono do Asno reinvidicavam para si aquele espaço, uma violenta discussão surgiu entre os dois.
E cada um se achava no direito de ter exclusividade para usufruir da sombra.
O dono defendia que ele alugara apenas o asno e não a sua sombra. O viajante entendia que ele, ao alugar o animal, tinha direito a ambos, animal e sombra.
A disputa passou de palavras para agressões, e enquanto ambos brigavam ferozmente, o Asno fugiu em disparada para longe.
Moral 1: Numa discussão em torno de um detalhe, frequentemente nos desviamos do assunto principal…
Moral 2: Num debate em torno de um problema coletivo, o importante não é quem está com a razão, e sim aquilo que é mais sensato para todos…
Autor Desconhecido
Interpretação do Refletir
Os dois homens se perderam discutindo futilidades e esqueceram do principal: usar o asno para viajar. No momento em que eles se dividiram para ver quem tinha mais razão o asno fugiu e a discussão perdeu o sentido.
10. A Galinha Ruiva
Um dia uma galinha ruiva encontrou um grão de trigo.
– Quem me ajuda a plantar este trigo? – perguntou aos seus amigos.
– Eu não – disse o cão.
– Eu não – disse o gato.
– Eu não – disse o porquinho.
– Eu não – disse o peru.
– Então eu planto sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Logo o trigo começou a brotar e as folhinhas, bem verdinhas, a despontar. O sol brilhou, a chuva caiu e o trigo cresceu e cresceu, até ficar bem alto e maduro.
– Quem me ajuda a colher o trigo? – perguntou a galinha aos seus amigos.
– Eu não – disse o cão.
– Eu não – disse o gato.
– Eu não – disse o porquinho.
– Eu não – disse o peru.
– Então eu colho sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.
– Quem me ajuda a debulhar o trigo? – perguntou a galinha aos seus amigos.
– Eu não – disse o cão.
– Eu não – disse o gato.
– Eu não – disse o porquinho.
– Eu não – disse o peru.
– Então eu debulho sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.
– Quem me ajuda a levar o trigo ao moinho? – perguntou a galinha aos seus amigos.
– Eu não – disse o cão.
– Eu não – disse o gato.
– Eu não – disse o porquinho.
– Eu não – disse o peru.
– Então eu levo sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Quando, mais tarde, voltou com a farinha, perguntou:
– Quem me ajuda a assar essa farinha?
– Eu não – disse o cão.
– Eu não – disse o gato.
– Eu não – disse o porquinho.
– Eu não – disse o peru.
– Então eu asso sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!
A galinha ruiva assou a farinha e com ela fez um lindo pão.
– Quem quer comer esse pão? – perguntou a galinha.
– Eu quero – disse o cão.
– Eu quero – disse o gato.
– Eu quero – disse o porquinho.
– Eu quero – disse o peru.
– Isso é que não! Sou eu quem vai comer esse pão! – disse a galinha. – Cocoricó.
E foi isso mesmo que ela fez.
Moral: Se queremos dividir a recompensa, devemos compartilhar o trabalho.
Do livro: O livro das Virtudes para Crianças
Autor: Penryhn Coussens
Interpretação do Refletir
Os animais deixaram a pobre galinha fazer todo o trabalho sozinha e depois queriam dividir a recompensa do esforço alheio mas, no final, a sábia Cocoricó não quis dividir o pão.
11. O Caracol Invejoso
O caracolzinho sentia-se muito infeliz. Via que quase todos os animais eram mais ágeis do que ele. Uns brincavam, outros saltavam. E ele aborrecia-se debaixo do peso de sua carapaça!
– Vê-se que meu destino é ir devagarinho, sofrendo todos os males! dizia ele, bastante frustrado.
Seus amigos e familiares tentavam consolá-lo, mas nada conseguiam.
– Caracolino, pense que, se a Natureza lhe deu essa carapaça, para alguma coisa foi, disse-lhe a tartaruga, que se encontrava em situação semelhante à dele.
– Sim, claro, para alguma coisa será! Pode explicar-me a razão? perguntava Caracolino, ainda mais chateado por receber tantos conselhos.
Caracolino tornou-se tão insuportável por suas reclamações, que todos o abandonaram. E ele continuava com sua carapaça às costas, cada vez mais pesada para o seu gosto.
Um dia, desabou uma tempestade. Choveu durante muitos dias. Parecia um dilúvio! As águas subiram, inundando tudo. Muitos dos animaizinhos que ele invejara, encontravam-se agora em grandes dificuldades. Caracolino, porém, encontrou um refúgio seguro. Dentro de sua carapaça estava totalmente protegido!
Desde então, compreendeu a utilidade de sua lenta e pesada carapaça. Deixou de protestar, tornando-se um animalzinho simpático e querido por todos.
Moral: Cada característica tem seu benefício e seu malefício
Autor Desconhecido
Interpretação do Refletir
O pobre caracol passava o tempo todo invejando os outros e reclamando de si mesmo, ignorando que sua carapaça também tinha utilidade. Essa inveja era muito chata para os outros animais que não queriam mais ficar com ele. Quando o Caracolino aprendeu a dar valor a si mesmo, percebendo que suas características também tinham benefícios, ele mudou sua atitude – se tornando uma companhia agradável para a bicharada.
12. O pequeno chorão
O pequeno puma deixava seus pais e professores irritados, pois pedia tudo chorando. Na escola, quando precisava esforçar-se para aprender uma lição, fazia um tal drama de lágrimas e suspiros que incomodava os colegas e o professor.
Quando sua mãe lhe pedia algum favor, começava a chorar e a dizer:
– Não sei como isso se faz!
Na verdade, ninguém mais o levava a sério, e passava por palerma, coisa que efetivamente não era.
Tanto chorar inútil trouxe consigo o seu castigo. Um dia, cravou um prego numa pata e começou a chorar, desta vez com razão, porque sentia dores terríveis. É claro que ninguém lhe deu a menor atenção, pensando que se tratasse de mais uma de suas comédias.
Como resultado, a ferida infectou e tiveram que lhe fazer um tratamento longo e dolorido. Foi então que compreendeu que suas lágrimas falsas tinham sido prejudiciais, e por que as verdadeiras lágrimas não tinham surtido efeito.
Moral: alarme falso deixa de ser levado a sério
Autor Desconhecido
Interpretação do Refletir
O puma fazia drama para conseguir o que queria mas, ao usar essa tática toda hora, seu choro deixou de ser levado a sério pelos adultos. Quando o choro foi sincero ninguém deu importância.
13. O vestido antiquado
Linda, uma famosa atriz de cinema, está dando uma festa em sua casa. O seu último filme acaba de estrear com grande êxito e ela quer comemorar com os amigos.
Os seus convidados vestem-se conforme a última moda. Estão todos muito elegantes. Bem… todos, não! A porca apresentou-se à festa com um vestido muito antiquado. Os outros convidados sussurram com desagrado a propósito de seu vestido e olham-na de lado. Mas ela não se importa e continua a conversar com uns e com outros, como se nada estivesse acontecendo.
Linda, a cadelinha famosa, está muito decepcionada e já prestes a dizer alguma coisa à porca. De repente, aparece na festa o veado, o costureiro mais importante da região. Ao ver a porca, exclama assombrado:
– Mas… a senhora já sabe qual vai ser a nova moda?
Duas horas antes, os principais costureiros do mundo tinham estado reunidos numa sessão de trabalho, durante a qual haviam decidido que a moda da próxima estação seria o que tinha imperado três anos antes. Quer dizer, de acordo com o vestido que a porca estava usando.
Moral: a porca não se deixou levar pelo capricho daqueles que ditam a moda. Tinha seus próprios critérios para se vestir, e, pelo visto, estava ainda mais bem vestida do que os outros.
Autor Desconhecido
Interpretação do Refletir
A porquinha mostrou ter personalidade ao vestir o que desejava, apesar das críticas. Como a opinião dos outros muda rápido, na mesma festa ela passou de mal vestida para bem vestida.
14. A galinha dos ovos de ouro
Rafael tinha uma galinha que botava ovos de ouro.
A galinha botava um ovo por dia, mas Rafael queria sempre mais.
Ele batia na galinha e gritava:
– Galinha, vou te levar para a cozinha e te fritar! Vê se bota mais ovos de ouro, pois quero ficar muito rico.
Um dia, a galinha, cansada de maus-tratos, fugiu. Rafael procurou, procurou, mas não a encontrou.
A galinha, depois de muito correr, encontrou Manuel e Dalva, que a levaram para casa e lhe deram comida e carinho.
Por isso, até hoje, a galinha vive feliz com seus novos amiguinhos.
Moral: a ganância leva a destruição
Esopo
Interpretação do Refletir
Rafael era ganancioso e nunca estava satisfeito com o que a pobre galinha podia fazer. Mesmo sendo algo impressionante a galinha botar um ovo de ouro por dia, ele maltratava o bichinho para pressiona-la a botar mais ovos. Então, a galinha fugiu e procurou outro lar onde teria mais reconhecimento, deixando Rafael sem nada.
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