1) O VERDADEIRO BOBO
Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertiam com o idiota da aldeia.
Um pobre coitado, de pouca inteligencia, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2.000 REIS.
Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
Eu sei respondeu o tolo assim: Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.
Pode-se tirar varias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não tem uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
O maior prazer de uma pessoa inteligente é bancar o idiota, diante de um idiota que banca o inteligente.
Autor Desconhecido
2) METÁFORA DO GOLFINHO, DA CARPA E DO TUBARÃO
Uma brilhante metáfora criada por Dudley Lynch e Paul Kordis do Brain Technologies Institute – do tubarão, da carpa e do golfinho.
Existem três tipos de animais: as carpas, os tubarões e os golfinhos. A carpa é dócil, passiva e que quando agredida não se afasta nem revida. Ela não luta mesmo quando provocada. Se considera uma vítima, conformada com seu destino.
Alguém tem que se sacrificar, a carpa se sacrifica. Ela se sacrifica porque acredita que há escassez. Nesse caso, para parar de sofrer ela se sacrifica. Carpas são aquelas pessoas que numa negociação sempre cedem, sempre são os que recuam; em crises, se sacrificam por não poderem ver outros se sacrificarem. Jogam o perde-ganha, perdem para que o outro possa ganhar.
Declaração que a carpa faz para si mesmo:
“Sou uma carpa e acredito na escassez. Em virtude dessa crença, não espero jamais fazer ou ter o suficiente. Assim, se não posso escapar do aprendizado e da responsabilidade permanecendo longe deles, eu geralmente me sacrifico.”
Nesse mar existe outro tipo de animal: o tubarão. O tubarão é agressivo por natureza, agride mesmo quando não provocado. Ele também crê que vai faltar. Tem mais, ele acredita que, já que vai faltar, que falte para outro, não para ele!
“Eu vou tomar de alguém!” O tubarão passa o tempo todo buscando vítimas para devorar porque ele acredita que podem faltar vítimas. Que vítimas são as preferidas dos tubarões? Acertou, as carpas. Tanto o tubarão como a carpa acabam viciados nos seus sistemas. Costumam agir de forma automática e irresistível. Os tubarões jogam o ganha-perde, eles tem que ganhar sempre, não se importando que o outro perca.
Declaração que o tubarão faz para si mesmo:
“Sou um tubarão e acredito na escassez. Em razão dessa crença, procuro obter o máximo que posso, sem nenhuma consideração pelos outros.
Primeiro, tento vencê-los; se não consigo, procuro juntar-me a eles.”
O terceiro tipo de animal: o golfinho. Os golfinhos são dóceis por natureza. Agora, quando atacados revidam e se um grupo de golfinhos encontra uma carpa sendo atacada eles defendem a carpa e atacam os seus agressores.
Os “Verdadeiros” golfinhos são algumas das criaturas mais apreciadas das profundezas. Podemos suspeitar que eles sejam muito inteligentes – talvez, à sua própria maneira, mais inteligentes do que o Homo Sapiens. Seus cérebros, com certeza, são suficientemente grandes – cerca de 1,5 quilograma, um pouco maiores do que o cérebro humano médio – e o córtex associativo do golfinho, a parte do cérebro especializada no pensamento abstrato e conceitual, é maior do que o nosso. E é um cérebro, como rapidamente irão observar aqueles fervorosos entusiastas dedicados a fortalecer os vínculos entre a nossa espécie e a deles, que tem sido tão grande quanto o nosso, ou maior do que o nosso, durante pelo menos 30 milhões de anos.
O comportamento dos golfinhos em volta dos tubarões é legendário e, provavelmente, eles fizeram por merecer essa fama. Usando sua inteligência e sua astúcia, eles podem ser mortais para os tubarões. Matá-los a mordidas? Oh, não! Os golfinhos nadam em torno e martelam, nadam e martelam. Usando seus focinhos bulbosos como clavas, eles esmagam metodicamente a “caixa torácica” do tubarão até que a mortal criatura deslize impotente para o fundo.
Todavia, mais do que por sua perícia no combate ao tubarão, escolhemos o golfinho para simbolizar as nossas idéias sobre como tomar decisões e como lidar com épocas de rápidas mudanças devido às habilidades naturais desse mamífero para pensar construtiva e criativamente. Os golfinhos pensam? Sem dúvida. Quando não conseguem o que querem, eles alteram os seus comportamentos com precisão e rapidez, algumas vezes de forma engenhosa, para buscar aquilo que desejam. Golfinhos procuram sempre o equilíbrio, jogam o ganha-ganha, procuram sempre encontrar soluções que atendam as necessidades de todos.
Declaração que o golfinho faz para si mesmo:
“Sou um golfinho e acredito na escassez e na abundância potenciais. Assim como acredito que posso ter qualquer uma dessas duas coisas – é esta a nossa escolha – e que podemos aprender a tirar o melhor proveito de nossa força e utilizar nossos recursos de um modo elegante, os elementos fundamentais do modo como crio o meu mundo são a flexibilidade e a capacidade de fazer mais com menos recursos.”
Se os golfinhos podem fazer isso, por que não nós?
Achamos que podemos.
Autor Desconhecido
3) O camponês e o poço
Era uma vez… um camponês que necessita de água para irrigar seus campos. Logo, decide escavar até a encontrar.
No primeiro dia, escava por volta de cinco metros, mas não encontra água.
No dia seguinte, desiludido pelo cansaço do dia anterior, escava num outro ponto do seu jardim por volta de dois metros. Mas por ali também não sai água.
No terceiro dia, cada vez mais frustrado pelo resultado dos dias anteriores, escava num terceiro ponto por uns 15 metros e também dessa vez não encontra água.
No dia seguinte, enquanto se prepara para começar a escavar em um outro canto do jardim, um amigo o faz notar que ele teria mais probabilidades de encontrar água aprofundando um buraco já cavado do que escavando todo dia um novo buraco em lugares diferentes.
Metáforas para a evolução pessoal e profissional
4) Vaca sagrada
Em 1978, meu carro precisava de alguns reparos que eu mesmo não podia fazer. A oficina mecânica aonde eu costumava levar meu carro havia fechado; portanto me vi frente à desanimadora tarefa de procurar um mecânico bom e honesto. Eu estava preocupado por causa da – talvez injusta – reputação dos mecânicos de exploradores. Felizmente, meu amigo Dave me deu uma indicação: Auto Mecânica D.
Fiquei agradavelmente surpreso ao descobrir que o proprietário da D era um mecânico que tinha trabalhado em meu carro várias vezes no passado. Naquela época, ele trabalhava em um posto de gasolina perto da minha casa. Na realidade, eu nunca havia falado muito com ele antes, mas sabia que seu trabalho era bom.
Preenchi os papéis para o conserto e esperei enquanto D falava ao telefone com outro cliente. Enquanto estava ali sentado, dei uma olhada no pequeno escritório para me manter ocupado. Um artigo de jornal emoldurado chamou a minha atenção. A manchete dizia: “Criador de gado leiteiro na vizinhança mata todo o rebanho”. O artigo era sobre o feito de um fazendeiro, que pertencia à quinta geração de uma tradicional família criadora de gado leiteiro, durante o pânico que a ameaça de contaminação do leite gerou em Michigan muitos anos antes. Aparentemente, o gado leiteiro estava sendo contaminado por uma doença que afetava o suprimento de leite. A situação havia ficado séria o suficiente para que o Estado decidisse investigar se as vacas de Michigan estavam infectadas. Os lobistas que representavam os produtores de leite protestaram e o Estado teve que voltar atrás em sua decisão. Parecia que ia levar meses de manobras políticas antes que o dilema pudesse ser resolvido. Neste ínterim, os fazendeiros podiam continuar a vender leite e também o gado para o corte.
Aquele fazendeiro em especial decidiu que essa estratégia não ia funcionar com ele e escolheu outro caminho. Pagou para que todas as suas vacas fossem examinadas. De todo o rebanho, apenas algumas foram consideradas infectadas. Como ninguém podia garantir que as outras vacas estivessem livres da doença, ele ordenou que todo o rebanho fosse morto e enterrado num lugar que não pudesse prejudicar o meio ambiente ou o reservatório de água. O seguro do fazendeiro não cobriu a perda, pois o Estado não havia feito um pedido para que ele se desfizesse do rebanho. Quando lhe perguntaram por que havia feito isso, o fazendeiro respondeu:
– Porque era a coisa certa a fazer.
Perguntei a D por que ele exibia esse artigo na parede. Pensei que tivesse alguma ligação com o fazendeiro ou que o conhecesse. Ele disse que nunca o havia conhecido, mas que o fazendeiro era uma inspiração para ele e havia estabelecido um novo padrão de integridade, confiança e honestidade. Disse que era assim que ele agia no seu negócio e que gostaria que as pessoas dissessem sobre ele o mesmo que ele disse sobre o fazendeiro.
Fiquei duplamente impressionado com ambos, com o fazendeiro e com D. No ano seguinte, a meu conselho, meu filho começou um aprendizado de nove meses na oficina de D. Eu queria que meu filho estudasse com ele não apenas porque era um bom mecânico, mas principalmente porque era um homem honesto e íntegro. Que o mesmo possa ser dito sobre mim um dia.
Dennis J. McCauley
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