Sentimentos

3 EMOCIONANTES CONTOS DE NATAL

O natal está chegando e para você já ir entrando no clima trazemos 3 contos de natal emocionantes

Não esqueça de ler depois:
3 EMOCIONANTES CONTOS DE NATAL – PARTE 2

1 – O PRESENTE DE NATAL

Certa vez, um menino acordou em uma véspera de Natal, muito contente, pois uma data muito importante estava para chegar.

Era o dia do aniversário do menino Jesus, e é lógico, o dia em que o Papai Noel vinha visitá-lo todos os anos.

Esperava ansiosamente o cair da noite, para voltar a dormir e olhar o seu pé de meia que estava frente a porta, pois não tinha árvore de Natal.

Dormiu muito tarde, para ver se conseguia pegar aquele “velhinho”, mas como o sono era maior do que sua vontade, dormiu profundamente.

Na manhã de Natal, observou que seu pé de meia não estava lá, e que não havia presente algum em toda a sua casa.

Seu pai desempregado, com os olhos cheios d’água, observava atentamente ao seu filho, e esperava tomar coragem para falar que o seu sonho não existia, e com muita dor no coração o chama:

– meu filho, venha cá!

– papai?

– pois não filho?”

– o papai Noel se esqueceu de mim ?

O pai abraça seu filho …

– ele também esqueceu do senhor papai ?

– não meu filho… o melhor presente que eu poderia ter ganho na vida está em meus braços, e fique tranqüilo, pois eu sei que o papai Noel não esqueceu de você.

– mas … todas as outras crianças vizinhas estão brincando com seus presentes… acho que ele pulou a nossa casa…

– Pulou não, meu filho …

Os dois foram caminhando sem rumo, até chegar num parque e ali passearam, brincaram e se divertiram durante o resto do dia, voltando somente no começo da noite.

Chegando em casa, já muito cansado, o menino foi para o seu quarto, e escreveu um bilhete para o papai Noel:

“Querido Papai Noel,

Quero agradecer o presente que o senhor me deu. Desejo que todos os Natais que eu passe, faça com que meu pai esqueça de seus problemas, e que ele possa se distrair comigo, passando uma tarde maravilhosa como a de hoje.

Obrigado pela minha vida, pois descobri que não são os brinquedos que me fazem feliz, e sim, com o verdadeiro sentimento que está dentro de nós, que o senhor desperta nos Natais.

Obrigado. ”

.. e foi dormir…

Entrando no quarto para dar boa-noite ao seu filho, o pai viu o bilhete, e a partir desse dia, não deixou que os seus problemas afetassem a felicidade dele, e começou a fazer que todo dia fosse um Natal para ambos.

Autor Desconhecido

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2 – A CRISE DE NATAL

Era a semana antes do Natal. O primeiro a perceber foi um dos duendes do setor de pesquisa. Ele saiu da sala, carregando um notebook, um monte de papel impresso e gritando:

– Reunião!!! Todo mundo para a sala de reunião!!!!

Não era fora do comum aquela confusão na fábrica do Papai Noel, ainda mais na reta final. Por onde se olhasse, duendes carregavam materiais, brinquedos que não passavam no teste de qualidade, cartas que chegaram atrasadas, ração extra para as renas, e outras urgências para o grande dia.

Mas essa correria era diferente. O duende da pesquisa sentou na sala de reunião, ligou o notebook no projetor e já estava deitando números antes mesmo dos duendes responsáveis por outras áreas chegarem. O duende do setor administrativo acalmou o pesquisador:

– Calma, deixa todo mundo chegar?

Aí, entraram pela porta da sala de reuniões os duendes da contabilidade, do marketing, do RH, do financeiro, do comercial, do atendimento, da produção?foram se colocando ao longo da mesa de reunião. Claro que a ausência do Papai Noel, o presidente em pessoa, foi sentida. Mas o pesquisador já tratou de dizer:

– Eu avisei o Papai Noel, mandei e-mail, mas ele falou que não era para se preocupar!! Como?!?!? É terrível! É calamitoso!!! É desastroso!!! É catastrófico!!!

– Chega, controle-se!!! ? o duende do marketing mandou um olhar severo para o desesperado empregado ? o que pode ser tão ruim?

– O ICPN caiu para menos de 50%!!!

Nem bem o duende terminou a frase, os demais entraram em polvorosa. Veja bem, o ICPN é o Índice de Crença no Papai Noel, o indicador que determina quantas pessoas no mundo ainda acreditam no bom velhinho e que faz a fábrica de brinquedos continuar em funcionamento. Claro, já houve períodos de baixa, mas nunca para menos da metade das pessoas do mundo. Isso sim era preocupante.

O duende do administrativo tentou colocar a reunião no rumo e começou a estabelecer uma pauta:

– Mas como isso aconteceu? Como pudermos deixar isso passar?

– As crianças estão crescendo muito rápido..é a internet. ? interferiu o duende do atendimento ? Vocês sabiam que existem 20 comunidades ?eu odeio o Papai Noel? no Orkut? Antigamente era bom? até podia ter uma criança ou outra que não acreditasse, mas era mais difícil espalhar para as outras..hoje elas entram no MSN e ficam se falando, direto!!!

– Mas e esses pais que trabalham fora de casa quase o dia inteiro? ? interveio o responsável pelo RH ? Eles trabalham, ficam loucos para ter sucesso nos escritórios e esquecem do Natal..pior, fazem os filhos esquecerem também!!!

– Eu falei para vocês ano passado: a gente tinha que investir na imagem do Papai Noel, fazer a cara dele aparecer na mídia não só no Natal. ? colocou o gerente de marketing.

– Como se pudéssemos investir muito em promoção!! ? o duende do financeiro atropelava ? a criançada hoje em dia só quer eletrônicos!! Playstation, computador?vocês sabem quantos pedidos de celulares recebemos este ano? Isso tudo é caro para produzir, não sobra verba?

– Controle de danos, rapazes ? interrompeu de novo o administrativo ? o que podemos fazer para reverter isso nessa semana ainda? Quero respostas hoje depois do almoço.

Os duendes passaram o resto da manhã rabiscando alternativas. A queda do ICPN foi o assunto no refeitório durante o almoço. Todos estavam muito receosos, pois as perspectivas de emprego no Pólo Norte não eram boas se não trabalhassem lá. Mas o Papai Noel não demitiria ninguém, demitiria? Mas então, por que ele não apareceu para dar satisfações para explicar tudo?

Os diretores até se perguntavam isso, mas não tinham muito tempo para tanto, estavam preocupados com os planos. Após o almoço, o diretor administrativo tomou a frente da reunião de vez (até sentou na cadeira do chefe) e pediu para que os departamentos apresentassem os projetos. O marketing começou:

– Como todos sabem, uma empresa prospera com a busca e conquista de novos mercados. Estamos em um mercado consolidado, o atendemos com excelência, e devemos expandir. Acho que está na hora de partirmos para os maus meninos.

– O quê!!! Você está louco?!?!!? Pode parar!! ? as reações variavam, mas eram todas negativas.

– Senhores, os meninos maus são um grande mercado. Já se foi a época em que ser bonzinho era o objetivo dessa criançada? eles competem desde cedo, para virarem adultos competitivos. Não podemos fingir que não vemos.

Os duendes recusaram a proposta do marketing. Mais algumas idéias foram recusadas, por serem igualmente absurdas ou impossíveis. O marketing, não querendo desistir da glória de resolver o problema, chamou a agência de publicidade.

O executivo da agência começou:

– Vocês têm um problema de imagem. O trenó, renas, roupa vermelha larga, barba branca que nem algodão?tudo muito legal, serviu bem, mas isso ficou lá atrás, é coisa do passado. Precisamos de um novo conceito em Papai Noel. Um Papai Noel extremo!!

– Extremo?!! ? os duendes se entreolharam.

– Sim. Esse novo Papai Noel vai ter atitude. O trenó dele vai ser substituído por um carro envenenado, de preferência um carro que vire um robô gigante, sabe? Isso seria ótimo. A roupa precisa mudar também, talvez umas botas de salto, calças pretas de couro e jaqueta motociclista, com um Ray-Ban bem transado.

Os duendes estavam meio na dúvida, mas a exposição da agência era muito boa. O executivo não deu trégua:

– E ele tem que emagrecer. Essa imagem de gordinho não funciona mais, ele passa a impressão de ocioso, preguiçoso. Como as crianças vão acreditar que alguém tão grande viaja o mundo inteiro à meia-noite? O nome vai mudar também; ?Papai Noel? não é nada extremo. Ele vai ser chamado só de ?Noel. Um nome só é moderno, tipo ?Ronaldinho?, ?Giselle?, ?Britney?. Isso sim é extremo, atual, campeão de vendas.

Os duendes pareceram gostar da ideia, talvez pelo desespero de encontrar uma solução. O duende do marketing soltou aquele sorrisinho de vitória que fazia os outros pegarem bronca dele (e ele já até imaginava campanhas para meninos maus no ano seguinte). Porém, a secretária do Papai Noel entrou na sala assim que eles estavam prontos para aprovar a campanha:

– O Papai Noel mandou todo mundo voltar ao trabalho e não mexer em nada na programação.

A indignação tomou a sala. Como pode o Papai Noel ficar quieto? 50% de queda no ICPN!!! Estaria ele ficando senil? Será que alguma empresa multinacional estava comprando a fábrica do Papai Noel e levando para o México? Será que Papai Noel estava? falindo?

A semana foi passando, e os duendes mais nervosos ficavam. O Papai Noel evitava o assunto, não respondia e-mails que falassem da situação, e o Natal já estava próximo. Os duendes chegaram a fazer reuniões secretas para tentar resolver algo, mas não achavam justo fazer as coisas pelas costas do chefe.

Enfim, chegou o dia D: véspera de Natal. O duende da pesquisa saiu mais uma vez correndo da sala, com todo aquele material de novo. Os duendes esperavam o pior, já imaginavam que o Papai Noel nem precisaria sair com o trenó, já que à essa altura não sobraria ninguém que acreditasse. A sala de reunião dessa vez ficou cheia, e vários duendes ficaram do lado de fora, ouvindo e repassando o que seria discutido:

– O ICPN!!!!

– O que aconteceu, o que o setor de pesquisa levantou? ? Perguntava o administrativo.

– Subiu!!! Está em 100%!!!!

Os duendes ficaram doidos. Pulavam de alegria pelos corredores, comemoravam, estouravam champanhe, enchiam a cara de doce. Os porquês e como não importavam, tinham que deixar tudo pronto para a grande noite.

Mas nem o duende da pesquisa saberia dizer como o índice voltou para 100%. Ele saiu do trabalho no dia 23 com o índice ainda baixo e voltou no dia 24 com ele no máximo. Como é da característica de qualquer profissional de pesquisa (e esse duende era bem metódico), ele não queria ficar sem uma resposta.

Às 23:30, quando o Papai Noel se preparava para a grande viagem, os duendes se reuniram em torno dele e o pesquisador tomou a palavra:

– Papai Noel, como o senhor sabia que o índice voltaria para os 100% na última hora? O senhor não deixou a gente fazer nada para mudar a situação, como o senhor podia ter tanta certeza?

– Meus amigos ? disse Noel enquanto abotoava o paletó ? deixe-me contar uma coisa para vocês: por mais difícil que seja o ano, por mais confuso que esteja o mundo, por mais que as pessoas pareçam se odiar na rua, por mais que os pais gastem mais tempo em carreiras do que em famílias, durante pelo menos um dia do ano eles se permitem acreditar no Natal, acreditar em algo melhor, acreditar que tudo vai ser resolvido no ano seguinte. Um dia é pouco? Pode até ser, mas enquanto pudermos manter as pessoas acreditando no Natal e no Papai Noel, vamos trabalhando para que um dia esse sentimento bom, essa alegria de estar com as pessoas que gosta, esse respeito pelo próximo dure o ano todo.

Depois desse dia, os duendes nunca mais fizeram reuniões de emergência, nunca mais andaram nervosos pelos corredores, nunca mais se importaram com o ICPN; só se preocuparam em fazer as pessoas felizes no dia de Natal. E isso era mais que o bastante.

Autor Desconhecido imagem da publicacao

3 – O NATAL DE LEO

Tudo começou com uma curiosidade, típica de criança: “Manhê, como o Papai Noel entrega presentes para TODO mundo à meia-noite?”

A mãe, distraída no computador, respondeu com um simples (e frustrante) “ele é o Papai Noel, Leo. Ele consegue.”

Leo não estava nada satisfeito com a pergunta. 8 anos de idade, mas já tinha discernimento e curiosidade suficiente para ter um nó na cabeça tentando entender como o bom velhinho faz o que faz à meia-noite.

Foi até o pai com a mesma pergunta; o pai, sem saber o que dizer e com medo de falar alguma bobagem que faça o menino não acreditar em Papai Noel, fez uma longa explicação sobre fusos horários, como na verdade esse 1 minuto eram vários, à medida que o Papai Noel ia cruzando as zonas diferentes, e sobe e desce, e vai e volta, um monte de explicações que para Leo não faziam sentido nenhum.

A dúvida persistia; Leo decidiu então tomar o lugar da mãe no computador, enquanto ela ia para a cozinha preparar a janta. O menino entrou no Google e digitou:

COMO PAPAI NOEL ENTREGA PRESENTES PARA TODO MUNDO?

A pesquisa ofereceu 1.345.547 resultados, incluindo lojas de presentes, venda de produtos de decoração e árvores de Natal, cartões de Natal virtuais e mais um monte de coisas que não respondiam. Leo foi passando página por página de resultados, e lá pela página 30, achou um link “fale com o Papai Noel”. Clicou, e o navegador abriu uma pagina com um formulário simples, para a mensagem ser enviada “para o Papai Noel”.

Leo não tinha muito a perder, então preencheu e clicou Enviar.

Foi aí que tudo começou.

As luzes do quarto se apagaram, e foram substituídas por uma mistura de cores, que Leo identificou após alguns segundos como luzes de Natal. Lentamente ele voltou a enxergar e viu que não estava mais em casa.

A primeira coisa que viu foi uma placa “Oficina do Papai Noel – Sem acidentes há 2.345.341.678 dias”.

“Ei, deu certo!!! Eu falei!!!”. O duende do marketing saltitava. “Eu falei que a gente devia usar o formulário do site ao invés de receber cartas!!”.

“Sim, mas era para o formulário trazer crianças para cá?”, o cético duende de TI questionou.

“Veja bem, não era exatamente ISSO que deveria acontecer, mas é válido, pois é uma experiência co-participativa com nosso público-alvo, que permite à nossa empresa se comunicar melhor criando experiências com nossa marca…”

Os outros duendes ignoraram o do Marketing e se dirigiram a Leo. Após garantir que o menino estava bem, o levaram por largos corredores, repletos dos enfeites de Natal mais brilhantes que Leo já tinha visto, com uma luz natural (pelo menos não via fios) que deixava tudo mais bonito. Os corredores eram limpos, e as paredes tinham alguns quadros de aviso, calendários, mapas de planejamento. Tudo muito organizado, como se esperava.

Leo chegou em uma sala de conferência, com um mapa mundi gigante no centro cheio de luzes acesas, indicando vários lares de crianças. O duende do SAC e o duende do Marketing o acomodaram no sofá e começaram a conversar com o menino:

“Pois então, Leo” – disse o do SAC, levantando uma sobrancelha – “o que podemos fazer para lhe ajudar?”

“Bom, é que…” – Leo gaguejava um pouco, ainda não acostumado com tudo que via – “…eu queria saber como o Papai Noel entrega todos os brinquedos”.

O duende do marketing saltou da cadeira. Era sua hora de brilhar. “Veja bem garoto, esquece essa coisa da entrega: o segredo do sucesso está no nosso planejamento estratégico, que começa por manter um mailing atualizado de todos nossos clientes, mantendo-os encantados durante o ano todo até o Natal, quando começa a parte menos interessante, que é a entrega”.

“Que bobagem!” O duende da área técnica entrou na sala. “É Leo seu nome, certo? Amiguinho, a entrega é a parte MAIS importante do Natal. Trabalhamos 365 dias por ano regulando o trenó, mantendo as renas alimentadas e exercitadas, com um controle rigoroso da linha de produção em conjunto com a logística…”

Nessas, entrou o duende do RH na sala, que começava a ficar apertada: “E as pessoas? Coordenamos mais de 5 mil funcionários, que atuam em perfeita harmonia e são constantemente motivados por nós para que tudo dê certo…”. O duende do Financeiro entrou atropelando e falou do budget milimetricamente planejado, que por sua vez foi atropelado pelo de Compras, que falou da importância de ter matérias-primas ideais para realização do serviço…

Lá pelas tantas, quando não cabia mais duendes na sala, o alto-falante da oficina soou, com a voz do duende assistente do Papai Noel:

“Atenção duendes da segurança: favor levar o menino da sala de conferências 2 para a sala do Papai Noel”

Dois duendes de tamanho 3×4 e óculos escuros abriram caminho no mar de empregados de todas as áreas e conduziram Leo por mais uma série de corredores.

À medida que chegava mais perto do destino, os corredores pareciam brilhar com mais intensidade.

Os duendes o deixaram em uma sala grande, com apenas uma mesinha simples de madeira. Na parede, fotos de diversos Natais, confraternizações na oficina, e várias anotações. Em um dos cantos, sacos de cartas de crianças. Na mesa, Leo viu uma bela foto da Mamãe Noel, ao lado de alguns papéis, memorandos e outras coisas deixadas pelos duendes.

Enquanto Leo olhava para o resto da sala, uma mão lhe tocou no ombro. O susto do menino ao ser surpreendido nem se compara ao que tomou quando viu que a mão era do Papai Noel.

“Oi Leo, tudo bem com você?”

“…………………..tudo.” Leo estava perdido.

“Não fica de pé não, Leo; pode sentar, fique à vontade.” Papai Noel foi fazendo sala até o menino se encontrar.

Após alguns minutos de conversa e uns refrescos trazidos pelo duende assistente,

Leo finalmente fez a pergunta que o levou até o Polo Norte:

“Papai Noel, como o senhor faz para entregar presentes para todo mundo à meia-noite?”

E Leo contou as várias versões de todos os duendes para Papai Noel, que ouviu com muita calma.

“Leo, apesar dos meus duendes terem se empolgado um pouco, todos eles falaram a verdade. Olha aqui para a televisão, deixa te mostrar um pouco do que a gente faz.” E a TV de plasma da parede ligou. Papai Noel começou a dar diversas explicações, sobre como cada departamento faz sua parte de maneira bem harmoniosa e com igual importância.

Durante o ano, a área de marketing mantém vivo o interesse de todo mundo no Natal para que todos enfeitem bem as casas e os duendes saibam onde entregar os presentes. A área comercial faz a captação dos pedidos via carta e faz a ligação com a área de compras e financeira, que providenciam todos os produtos que vão para a logística, que arruma as embalagens para cada criança. Dali, os presentes são preparados para entrar não em um trenó, mas em vários, todos bem preparados pela área técnica, com os duendes pilotos esperando. Os trenós percorrem o mundo e distribuem os presentes.

Leo ia ouvindo a explicação e ficando desanimado.

Então não era Papai Noel que entregava os presentes? O menino era pura desolação, vendo a fantasia ruir, mas Papai Noel não perdia o sorriso.

“Agora Leo, você vem comigo que eu vou te mostrar a minha parte”.

Leo ficou confuso. Mas os duendes não faziam tudo sozinhos? Passou com Papai Noel pelos corredores até chegar a um enorme hangar em uma das pontas da oficina, onde vários duendes já partiam para diversos pontos do mundo, com os trenós cheios de presentes. O menino e Papai Noel se dirigiram para a plataforma principal, onde estava estacionado o trenó principal.

O velhinho acomodou Leo no banco do passageiro e subiu no trenó. Era quase meia-noite, e os dois partiram.

Após mais ou menos uns 10 segundos de viagem, chegaram na cidade. Lá, um senhor dormia na rua, passando frio, abraçado a uma garrafa de pinga. A rua estava fria, feia e triste, sem nenhuma luz ou cuidado.

Papai Noel desceu do trenó. Leo, do banco do passageiro, viu Papai Noel tocar de leve a cabeça do mendigo, que se levantou após alguns instantes, sorriso na cara. Começou a se dirigir para o albergue do outro lado da rua, onde as luzes acesas e os sons eram certamente bem melhores que a rua.

Leo achou estranho, tentou perguntar algo, mas Papai Noel subiu no trenó e acelerou de novo. O trenó subiu, subiu, subiu até um ponto muito alto da cidade, na cobertura de um prédio.

Lá dentro, um outro senhor, só diferente daquele que dormia na rua nas roupas e conforto do lar, jantava sozinho uma ceia que parecia ter sido feita para 20 pessoas, rodeado de quadros caros, esculturas raras, talheres de prata e enfeites de ouro.

Nada na casa indicava que era Natal, tudo era muito escuro e pouco convidativo, de muitas maneiras parecido com o beco escuro onde o mendigo dormia.

Papai Noel se aproximou do homem e tocou-lhe no peito. No mesmo instante ele levantou da mesa, com olhar determinado. Juntou toda a comida da mesa em cestos improvisados, ainda buscou mais coisas da dispensa e correu até o elevador.

Papai Noel e Leo desceram no trenó, seguindo o homem, que se dirigiu ao mesmo albergue onde o mendigo entrou.

Do lado de fora, os dois olharam para dentro do albergue. Lá, o homem rico distribuía sua ceia, enchendo os pratos de todos, inclusive o do mendigo, que depois de um grande jantar começou a cantar para todos que lá estavam, com uma voz que espalhava alegria. Todos estavam muito felizes, e Leo ficou muito feliz com o que viu também.

“Leo,” – Papai Noel bateu no ombro do menino, ainda encantado com o que via – “agora sim você entende o que eu faço, e a importância disso. Dar presentes qualquer um pode dar, mas

o Natal serve para darmos esperança para quem tem pouco e bondade para quem tem muito”.

A próxima viagem de Papai Noel e Leo foi para a casa do menino, onde o velhinho o deixou a tempo da ceia com a família.

Ao ver Leo, o pai disse:

“Afe menino, aí está você!! Achei que você fosse perder isso…olha o que o Papai Noel te trouxe!!”

E o pai entra no quarto com uma bicicleta novinha, do jeito que Leo queria.

O menino olhou para o pai, sorriu e disse:

“Ih pai, isso não é nada…você tem que ver o que o Papai Noel me deu esse ano…”

Autor Desconhecido

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